No último pronunciamento, o Papa Leão XIV fez um apelo à Igreja, convocando fiéis a um dia de jejum e oração pela paz, a ser celebrado no dia 22 de agosto, data dedicada à memória litúrgica de Nossa Senhora Rainha. O cardeal Orani João Tempesta, arcebispo metropolitano do Rio de Janeiro, ecoou essa convocação, ressaltando a importância da união da comunidade na intercessão pela paz.
A importância da oração e do jejum
O convite do Papa não é uma simples sugestão; segundo o cardeal Orani, ele se fundamenta na tradição viva da Igreja, que sempre recorreu ao jejum e à oração em tempos de crise. O cardeal destaca que, ao longo da história, momentos de grande conflito foram acompanhados por apelos semelhantes, como as intervenções de Bento XV, Pio XII, São João XXIII, e outros líderes que se manifestaram em tempos de guerra.
“A guerra — onde quer que esteja — é sempre uma derrota da humanidade”, afirma o cardeal, enfatizando que a verdadeira paz é um processo que começa no coração. A prática do jejum não se resume apenas à abstenção da comida, mas envolve o renúncia a excessos, palavras que machucam e posturas de indiferença em relação ao próximo. A oração, por sua vez, é vista como um ato poderoso que eleva as súplicas humanas ao céu e pode transformar vidas e realidades.
Práticas recomendadas para o dia de jejum e oração
O cardeal propõe diversas formas de vivenciar esse dia especial, incluindo:
- Abertura das paróquias com tempo ampliado para Adoração Eucarística;
- Recitação do Rosário em horários acessíveis para envolver todas as idades;
- Celebrações penitenciais que lembrem as vítimas de guerras;
- Realização de atos de misericórdia em favor de famílias necessitadas;
- Prática de jejum, unindo-o a gestos de solidariedade.
Além disso, o cardeal incentiva a família a recuperar hábitos de oração juntos, criando um ambiente de espiritualidade que envolva todos os membros. Ele recomenda também escolher uma intenção específica a ser levada em oração, como as nações em conflito ou grupos vulneráveis.
A responsabilidade da comunicação nas redes sociais
O cardeal Orani também fez um chamado especial aos comunicadores e educadores para que usem suas plataformas para disseminar mensagens de esperança e paz, evitando a propagação de ódio e desinformação. “Cada postagem pode ser um tijolo no caminho da paz ou uma pedra de tropeço que alimenta a divisão”, apontou. Essa responsabilidade ética é fundamental no contexto atual, onde as redes sociais têm um papel preponderante na formação da opinião pública.
Resposta à crítica e reafirmação da fé
Embora algumas pessoas possam questionar a eficácia de um dia de jejum e oração diante de conflitos complexos, o cardeal lembra que a lógica divina muitas vezes se distancia da lógica humana. “A oração e o jejum sustentam as ações diplomáticas, purificam intenções e abrem caminhos para a reconciliação”, ressaltou.
O cardeal conclui seu apelo reafirmando a necessidade de perseverança. “Mesmo quando as notícias parecem esmagadoras, o Senhor da História caminha conosco”, exorta. Neste sentido, enfatiza que a paz de Cristo, que é firme e verdadeira, deve ser buscada com fé e dedicação. Ele convida todos a responder com generosidade ao chamado do Papa Leão XIV, praticando a oração, o jejum e a reconciliação.
Por fim, o cardeal exorta a todos a transformar esse dia de 22 de agosto em um marco espiritual, onde ações simples, mas significativas, podem criar um ambiente de paz nas comunidades e lares. A convocação é clara: é momento de unir esforços em busca de um mundo mais harmonioso e fraterno.
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