Brasil, 22 de agosto de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Coleta de lixo avança, mas milhões queimam resíduos no Brasil

A coleta de lixo atingiu 86,9% dos domicílios em 2024, porém milhões ainda queimam resíduos, evidenciando desigualdades no saneamento básico

A pesquisa divulgada pelo IBGE nesta sexta-feira revela que, em 2024, 86,9% dos domicílios brasileiros tinham acesso à coleta de lixo, um crescimento significativo desde 2016, quando a cobertura era de 82,7%. Apesar do avanço, cerca de 4,7 milhões de residências continuam queimando resíduos, representando 6,1% do total, sobretudo em áreas rurais.

Desigualdade no saneamento e manejo de resíduos

Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua), 93,9% dos domicílios urbanos contam com coleta de lixo, enquanto somente 33,1% das moradias rurais têm o serviço disponível. Nas áreas rurais, mais da metade dos lares (50,5%) ainda queimam resíduos, prática que gera impactos ambientais e à saúde pública.

Outra questão preocupante é o descarte de resíduos em locais não adequados. Ainda há 11,1 milhões de domicílios, ou 14,4% do total, que lançam seus dejetos em fossas rudimentares, valas, rios, lagos ou mar. Na zona rural, essa prática atinge 53,8% das residências, enquanto nas áreas urbanas representa 9,5%.

Conexão entre saneamento, água e energia

Os dados do IBGE indicam também que o acesso ao esgotamento sanitário por rede coletora ou fossa séptica ligada à rede geral atingia 70,4% dos domicílios em 2024, uma elevação modesta em relação a 68,1% em 2019. Contudo, o nível de cobertura ainda apresenta desigualdades regionais e rurais, onde apenas 9,4% das moradias possuem esse serviço.

Em relação ao abastecimento de água, 86,3% das residências acessam a rede geral, com maior cobertura nas áreas urbanas (93,4%). Já na zona rural, esse índice cai para 31,7%, refletindo desafios na universalização do saneamento básico.

Perspectivas futuras no saneamento brasileiro

Embora o Brasil apresente avanços na cobertura de serviços essenciais, os desafios persistem, especialmente na igualdade no acesso ao saneamento e na redução de práticas prejudiciais ao meio ambiente. A continuidade de investimentos e políticas públicas é fundamental para ampliar a infraestrutura e promover a inclusão social rural e urbana.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes