Brasil, 22 de agosto de 2025
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Brasil tenta reverter tarifas de Trump em nova missão empresarial aos EUA

Setor empresarial brasileiro busca diálogo com os Estados Unidos para tentar cancelar tarifas impostas por Trump, fortalecendo relação bilateral

A Associação Comercial Americana no Brasil (Amcham) se prepara para sua quarta missão oficial aos Estados Unidos, no início de setembro, com o objetivo de dialogar com autoridades norte-americanas e tentar reverter as tarifas impostas pelo governo de Donald Trump. A iniciativa envolve empresas brasileiras e americanas que atuam no Brasil, bem como as matrizes nos EUA, segundo afirmou Abrão Neto, CEO da Amcham Brasil.

Esforço conjunto para manter o comércio bilateral aberto

De acordo com Abrão Neto, atualmente há cerca de 10 mil empresas brasileiras exportando para os Estados Unidos, todas elas interessadas em preservar o acesso ao mercado norte-americano. Além disso, quase 4 mil companhias americanas possuem operações no Brasil, muitas há mais de 100 anos, formando uma relação bilateral sólida. “Buscamos mobilizar o setor empresarial de ambos os países para apoiar essa mensagem de manutenção de um comércio livre e construtivo”, destacou o presidente da Amcham.

Negociações dependem do envolvimento dos governos

Embora o setor empresarial esteja empenhado em dialogar, Abrão Neto ressaltou que a negociação de questões comerciais cabe exclusivamente aos governos. “O setor empresarial não tem prerrogativa para negociar essas questões, mas pode contribuir com informações e articulação”, afirmou.

Participação em manifestações sobre as investigações dos EUA

A Amcham apresentou sua manifestação ao USTR (Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos) durante as investigações da Seção 301 sobre alegadas práticas comerciais desleais do Brasil, abordando temas desde o comércio até o desmatamento. Nos argumentos, a associação defendeu posicionamentos alinhados às preocupações brasileiras.

Resposta de produtores de algodão dos EUA

Coordenação entre entidades brasileiras e americanas

O representante da US Chamber, americana, também participou das discussões, destacando que 6.500 pequenas empresas dependem de importações do Brasil. “A Câmara está preocupada que tarifas de 50% sobre importações brasileiras possam prejudicar empresas e trabalhadores americanos, além de impactar os esforços de resolução de disputas comerciais”, afirmou. Enquanto isso, a Amcham reforça a atuação coordenada com a US Chamber, ambas buscando promover a relação bilateral.

Próximas ações e visitas empresariais

Além da missão da Amcham, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) está organizando uma visita empresarial a Washington, nos dias 3 e 4 de setembro. O objetivo é sensibilizar os EUA com propostas de interesse mútuo, acelerando negociações e incluindo setores relevantes na pauta, mesmo aqueles de menor peso financeiro.

Participantes e setores envolvidos

Representantes de setores como brinquedos, máquinas, têxtil, alumínio, carnes, madeira, café, ferramentas, cerâmica, rochas e couro compõem a delegação, além das federações estaduais de Goiás (Fieg) e Santa Catarina (Fiesc). Empresas como Tupy, Embraer, Stefanini, Novelis e Siemens Energy também integram o grupo de negociação.

Perspectivas e impacto esperado

Segundo Ricardo Alban, presidente da CNI, o objetivo é apresentar propostas concretas que reforcem os interesses de ambos os lados, buscando acelerar a resolução das disputas comerciais e evitar o aumento de tarifas. Analistas indicam que esse diálogo é fundamental para evitar impactos negativos duradouros na economia bilateral.

A iniciativa demonstra uma postura proativa do setor empresarial brasileiro para evitar desdobramentos nocivos às relações comerciais com os Estados Unidos, buscando fortalecer o diálogo e a cooperação entre as duas nações.

Fonte: O Globo

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