Brasil, 22 de agosto de 2025
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A revolução na ginástica rítmica brasileira e os resultados da seleção

A seleção brasileira de ginástica rítmica se destaca com uma equipe multidisciplinar e potencial para conquistar medalhas no Mundial do Rio.

Quando Camila Ferezin, ex-atleta de ginástica rítmica e campeã pan-americana, assumiu a coordenação da seleção, o Brasil ocupava a 26ª posição no Mundial. Desde então, a evolução tem sido notável: com a nova técnica e uma equipe multidisciplinar, o país já conquistou medalhas em Copas do Mundo e se posicionou entre os cinco melhores do Campeonato Mundial.

Um trabalho em equipe para o sucesso

No Mundial que ocorre no Rio de Janeiro, a seleção do conjunto tem a chance de conquistar uma medalha inédita. Com o treino de pódio agendado para esta sexta-feira, Camila explica que o segredo para o sucesso passou por uma grande mudança no método de trabalho. Desde que começou a formar sua equipe multidisciplinar, a técnica passou a contar com 17 profissionais, incluindo psicólogos, nutricionistas e fisioterapeutas, que contribuem para um aprimoramento técnico e físico das atletas.

“Tenho um time de anjos da guarda”, afirma Camila. “Somente no último ciclo olímpico, para Paris-2024, conseguimos chegar ao timing ideal. Antes, o treinador tomava as decisões sozinho. Hoje, contamos com especialistas que ajudam na tomada de decisões. Vamos ao detalhe do detalhe”, completa.

Prevenção de lesões e saúde das atletas

O trabalho se baseia na coleta de dados e avaliações constantes. Segundo Camila, a ginástica rítmica é uma modalidade que gera impactos repetitivos, levando a lesões frequentes, especialmente no pé e tornozelo. O fisioterapeuta Paulo Marcio Oliveira, que está há 13 anos na comissão, destaca a importância da juventude das partes do corpo mais exigidas, como a panturrilha.

“Essas atletas treinam cerca de 8 horas por dia, mantendo quase sempre a posição de ponta de pé e essa postura não se encontra em nenhuma outra modalidade”, explica Paulo.

Para monitorar a saúde e bem-estar das atletas, a equipe desenvolveu um “diário da dor”, onde registram informações sobre como determinadas demandas impactam o surgimento de incômodos. Essas informações são analisadas pela comissão técnica, com o objetivo de otimizar o treinamento e prevenir lesões.

Transparência e comunicação entre a equipe

Camila implementou questionários que as atletas respondem online em três momentos do dia, permitindo um controle de carga de treino mais eficiente. Essa comunicação contínua enriquece a relação entre os profissionais e as atletas, que sentem-se à vontade para reportar qualquer desconforto. “A relação é muito aberta e de confiança”, ressalta Iohanna Fernandes, fisiologista da equipe.

Conforme destaca Paulo, usar bandeiras coloridas — verde, amarelo e vermelho — ajuda a facilitar a comunicação visual sobre a condição de saúde das atletas durante os treinos, promovendo um ambiente seguro e controlado.

Uma nova era para a ginástica rítmica no Brasil

Camila compartilha seus avanços e está otimista para o Mundial, com todas as atletas liberadas para treinos. A ginasta Victoria Borges, que se recuperou recentemente de uma cirurgia, está acompanhando a seleção e já apresenta bons resultados desde a sua recuperação.

“Tomo meu café da manhã com todos os dados na mão. Começamos os treinos com as melhores decisões. Claro que lesões podem ocorrer, mas estamos errando cada vez menos. Diria que estamos no céu, só com bandeiras verdes”, conclui Camila, demonstrando confiança no trabalho coletivo e nos resultados que estão por vir.

Com um investimento sério em tecnologia e um olhar atento sobre as necessidades das atletas, a seleção brasileira de ginástica rítmica apresenta-se como uma forte candidata a elevar ainda mais o nome do Brasil no cenário internacional.

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