Brasil, 21 de agosto de 2025
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Quadrilha de fraudes bancárias gera R$ 110 milhões em prejuízo

A Polícia Federal prende 16 integrantes de quadrilha que fraudava empréstimos desde 1999, com prejuízos estimados em R$ 110 milhões.

A Polícia Federal (PF) desarticulou uma quadrilha que fraudava empréstimos bancários, gerando um prejuízo estimado em R$ 110 milhões ao sistema financeiro. A operação, chamada de Oásis 14, resultou na prisão de 16 pessoas nesta quinta-feira (21) e expôs um esquema que atuava há mais de 25 anos, com a abertura de mais de 330 empresas fictícias com o objetivo de realizar fraudes na concessão de crédito.

Operação Oásis 14: o detalhamento da fraude

A investigação, que teve início há um ano em conjunto com a Caixa Econômica Federal, revelou que o chefe da quadrilha cooptava pessoas de baixa renda para se tornarem laranjas nas operações fraudulentas. A PF divulgou áudios em que o líder do esquema instrui seus comparsas sobre como abrir contas bancárias e realizar empréstimos:

“Nós vamos na Caixa do Alcântara, você sabe qual é, aquela grandona. Espera naquele bar que tem lá em frente, tá bom?” Essa abordagem, que parece inofensiva à primeira vista, esconde a complexidade de um esquema criminoso altamente organizado.

Impacto financeiro e envolvimento de servidores públicos

O esquema contava com a participação de pelo menos seis servidores da Caixa Econômica Federal e quatro funcionários de bancos privados. Esses colaboradores facilitaram a concessão de empréstimos, simulando movimentações financeiras e utilizando imóveis reais como fachada para as empresas fictícias.

“O esquema criminoso incluía simulação de movimentações financeiras, uso de imóveis reais como fachada para empresas fictícias, abertura de contas e concessão de empréstimos com auxílio dos bancários”, declarou a PF em nota. Além disso, uma das táticas utilizadas era declarar falências após a obtenção dos empréstimos, evitando assim que os bancos recuperassem os valores emprestados.

As consequências legais para os envolvidos

Os envolvidos na quadrilha responderão por diversos crimes, incluindo organização criminosa, estelionato qualificado, corrupção ativa e passiva, e lavagem de dinheiro. A PF, em colaboração com a Caixa, detectou cerca de 200 operações de crédito que resultaram em pelo menos R$ 33 milhões de prejuízo à instituição financeira.

Além disso, a primeira fase da Operação Oásis 14, realizada em maio de 2024, resultou na apreensão de centenas de máquinas de cartão de crédito, documentos falsos e veículos utilizados no esquema. Em um dos casos, um dos investigados foi preso por tentar subornar policiais no momento da abordagem.

Reações das instituições financeiras

Em resposta ao escândalo, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) ressaltou que suas instituições associadas realizam treinamentos regulares para identificar e reportar transações suspeitas. “Os bancos também atuam em parceria com forças policiais para auxiliar na identificação e punição de criminosos virtuais”, afirmou a entidade.

Por sua vez, a Caixa Econômica Federal enfatizou que atua em conjunto com órgãos de segurança pública e que, ao detectar indícios de atividades ilícitas, trabalha para investigar e punir os responsáveis. “No caso de ilícitos, as informações são repassadas exclusivamente à Polícia Federal e demais órgãos competentes”, declarou a instituição.

O futuro das investigações e medidas de segurança

A PF já revelou que as investigações continuam, e novas prisões podem ocorrer à medida que mais informações forem coletadas. Além disso, a Caixa e outros bancos estão revisando suas políticas de segurança para evitar que esquemas similares voltem a acontecer. A evolução das táticas dos fraudadores gera a necessidade constante de aprimoramento nas técnicas de vigilância e nas operações de proteção ao sistema financeiro.

O esquema desmantelado pela Operação Oásis 14 revela a importância da colaboração entre instituições financeiras e órgãos de segurança na luta contra fraudes. A continuidade dessas operações é crucial para garantir a integridade do sistema bancário e proteger os cidadãos das consequências nocivas dessas ações criminosas.

Para mais informações sobre segurança e como se proteger de fraudes, consulte o site da Caixa Econômica Federal e acompanhe as atualizações nas redes sociais de instituições bancárias.

Leia mais sobre a operação no G1

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