O Papa Leão XIV lançou um apelo aos fiéis em sua audiência geral, convocando todos para um dia de jejum e oração no dia 22 de agosto, data que coincide com a memória litúrgica da Bem-Aventurada Virgem Maria Rainha. O objetivo central dessa iniciativa é invocar a paz nas regiões devastadas por guerras, como a Terra Santa e a Ucrânia, onde a violência tem causado sofrimento humano profundo. Essa chamada reflete o compromisso dos papas ao longo da história de fomentar a paz e a unidade em tempos de conflito.
Um convite à reflexão e à ação
“Enquanto a nossa terra continua a ser ferida por guerras na Terra Santa, na Ucrânia e em muitas outras regiões do mundo, convido todos os fiéis a viverem o dia 22 de agosto em jejum e oração”, exortou Leão XIV. Suas palavras ecoam um sentimento de urgência e esperança, pedindo ao Senhor que traga paz e justiça, aliviando o sofrimento daqueles impactados pelos conflitos. O Papa enfatizou a necessidade de se dirigir à Virgem Maria, invocada também como Rainha da Paz, buscando sua intercessão para que os povos encontrem o caminho da reconciliação.
Histórico de apelos pela paz
A iniciativa de Leão XIV se alinha com os apelos anteriores de seus predecessores. Durante sua passagem como pontífice, Francisco fez vários apelos pela paz, particularmente na luta pela estabilidade no Oriente Médio e na Ucrânia, que sofreu intensamente com a guerra. Um dos apelos mais marcantes foi feito em setembro de 2013, quando convocou um Dia de Oração e Penitência pela paz na Síria e no mundo, pedindo aos fiéis que se tornassem “homens e mulheres de reconciliação e paz”. Esse gesto foi um chamado significativo para a comunidade católica, incentivando a oração e a introspecção diante da realidade de conflitos globais.
A guerra como um desafio contínuo
Recentemente, o Papa Francisco também convocou uma hora de oração e adoração eucarística, conhecida como *Pacem in terris*, em resposta ao crescimento da tensão entre Israel e Palestina. Durante essa vigília realizada em 2023, ele destacou a necessidade de abandonar a “loucura da guerra” e buscar um futuro mais pacífico. Além disso, em várias ocasiões ele fez convites específicos para rezar pela Ucrânia, especialmente logo após o início do conflito em 2022, pedindo à Virgem que protegesse o mundo da guerra.
A invocação a Maria Rainha da Paz
A intercessão de Maria é uma parte crucial na devoção dos católicos. Em momentos de crise, os papas têm frequentemente apelado à Rainha da Paz, acreditando que sua intervenção pode trazer alívio e reconciliação. Leão XIV reitera essa tradição, sublinhando a importância de unir as vozes em oração porqueles que sofrem. O pontificado atual segue a linha de seus antecessores, promovendo um tempo de reflexão e um chamado à ação quando o mundo enfrenta crises e conflitos.
O papel da justiça na construção da paz
Os recentes apelos pela paz feitas pelos papas também ressaltam que a paz verdadeira deve estar enraizada na justiça. Neste sentido, Bento XVI, em resposta ao agravamento da situação no Oriente Médio em 2006, convocou um dia especial de oração para implorar o dom da paz. A memória do Dia de Jejum e Oração promovido por João Paulo II em 2001 também permanece viva, um clamor significativo após os ataques de 11 de setembro, onde se buscava uma paz que não fosse meramente a ausência de guerra, mas baseada na justiça e no respeito mútuo entre os povos.
À medida que o dia 22 de agosto se aproxima, os católicos são convidados a refletir sobre sua própria capacidade de contribuir para a paz em um mundo marcado por divisões. O chamado de Leão XIV transcende fronteiras e convida todos a participar desse ato de fé e solidariedade, um passo importante na busca incessante por um mundo mais justo e pacífico.
