O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, afirmou nesta quinta-feira (21) que poucas empresas brasileiras deixarão suas linhas de montagem para os Estados Unidos devido ao tarifão imposto pelo governo norte-americano. Segundo ele, os efeitos negativos para o mercado de trabalho no Brasil serão mínimos.
Impacto no mercado de trabalho brasileiro
De acordo com Marinho, mesmo na pior das hipóteses, com uma redução máxima de 320 mil empregos, o impacto ainda seria relativamente pequeno frente ao total de 48 milhões de vagas no país. “Convenhamos: não seria o desastre total”, afirmou o ministro no programa Bom Dia, Ministro, produzido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
Ele destacou que, para a maioria das empresas, a estratégia de relocação de linhas de produção será limitada, pois a mudança envolve custos elevados e riscos de perder mercados importantes. Ainda assim, o ministro reforçou que há empresas que encontraram compradores substitutos para seus produtos, especialmente na exportação para outros mercados.
Compradores substitutos e setores mais afetados
Marinho relatou que, durante viagens com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ouviu empresários que conseguiram novos mercados, mesmo que isso signifique vender por preços menores. “O empresário tem de olhar o mercado; um mercado secundário ou outro comprador”, afirmou o ministro. “Pode ser que o outro país não queira pagar o mesmo preço, mas é muitas vezes melhor do que ter prejuízo”.
Ele também destacou que compras públicas, como contratos para hospitais, merendas escolares e presídios, terão papel importante para mitigar impactos em setores mais afetados, principalmente aqueles que produzem essencialmente para o mercado norte-americano.
Atenção aos setores mais vulneráveis
Segundo Marinho, o governo dará atenção especial aos setores que dependem fortemente do mercado norte-americano. “Alguns setores serão fortemente atingidos, outros levemente ou sequer terão impacto porque produzem para mercados diversos”, explicou.
Quando questionado sobre o risco de empresas transferirem linhas de montagem para os EUA como estratégia de fuga do tarifão, o ministro afirmou não ver um movimento expressivo nesse sentido. “O impacto ao mercado de trabalho será diminuto, até porque a economia brasileira atualmente vive um bom momento”, completou.
Ele acrescentou que, com as medidas do governo e o diálogo com o setor empresarial, o Brasil deverá atravessar esse período de forma mais tranquila e sair fortalecido. “Com as ações que estamos tomando, vamos passar por esse momento e o país sairá mais forte”, garantiu.
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