Brasil, 21 de agosto de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Silas Malafaia chama Moraes de ditador após apreensão de celular e cadernos

Pastor Silas Malafaia, investigado pela PF, critica Alexandre de Moraes e revela apreensão de celular e anotações bíblicas.

No cenário político brasileiro, o pastor Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, protagoniza mais um capítulo polêmico ao chamar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, de “ditador da toga”. A declaração ocorreu logo após o pastor ser detido pela Polícia Federal no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, e suas conversas em que menciona Eduardo Bolsonaro, deputado federal (PL-SP), como “babaca” terem vindo à tona. O caso está inserido nas investigações de supostas ações de coação e obstrução por parte de Jair e Eduardo Bolsonaro, ostensivamente relacionadas ao processo penal que investiga o ex-presidente por tentativa de golpe de Estado.

A apreensão e declarações de Silas Malafaia

Após desembarcar de Portugal, Malafaia foi interceptado pela PF e teve seu celular e cadernos com anotações bíblicas apreendidos. Em um vídeo postado nas redes sociais, o pastor expressou sua revolta: “Mais uma prova inequívoca que Alexandre de Moraes promove perseguição política e agora a religiosa também.” Malafaia enfatizou que, apesar de viver em um país livre, ele se sentia tratado como um criminoso, especialmente pela apreensão de seu passaporte, que lhe foi confiscado sem motivos claros.

“Mandaram apreender meus cadernos de mensagens bíblicas e meu passaporte. Que país é esse, gente? A apreensão do passaporte de um líder religioso é um absurdo”, disparou Malafaia em suas redes sociais. Ele se referiu ao delegado que o atendeu de maneira elogiosa, mas criticou outros, chamando um deles de “chefe da Gestapo”, alusão à polícia política nazista.

Reações e alegações

Durante sua fala, o pastor fez questão de indagar sobre o temor que ministros do STF, como Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes, teriam em relação a Moraes, questionando-os diretamente: “O senhor tem medo dele?”. Malafaia disse que a situação do STF estava sendo comprometida e que não temia se expor nas redes sociais, pois se considerava honesto e independente em suas opiniões.

Em mensagens obtidas pela PF, o pastor não poupou críticas ao filho do ex-presidente, Eduardo Bolsonaro, referindo-se a ele como “babaca” e “estúpido” pela sua postura em relação a tarifas impostas pelo governo Trump a produtos brasileiros. “Desculpa presidente! Esse seu filho Eduardo é um babaca, inexperiente…”, dizia uma das mensagens reveladas.

Investigação prossegue

Embora não tenha sido indiciado formalmente pela PF, Malafaia, assim como o influenciador Paulo Figueiredo, segue sob investigação. A Procuradoria-Geral da República (PGR) está avaliando se as provas coletadas até agora são suficientes para apresentar uma denúncia não apenas contra eles, mas também contra outros aliados de Jair Bolsonaro. O ministro Moraes apontou condutas de Malafaia como representantes de “atos executórios” de crimes como coação e obstrução de investigações.

A situação se complica mais ainda, uma vez que a PF investiga as relações de Paulo Figueiredo, neto do último presidente da ditadura militar, com Eduardo Bolsonaro, em um esforço para influenciar Donald Trump a intervir em favor de Bolsonaro, disseminando também narrativas falsas no exterior com o intuito de deslegitimar as instituições brasileiras.

Conclusão

A repercussão das declarações e atitudes de Silas Malafaia ecoa em um contexto de crescente tensão política no Brasil, onde os limites da liberdade de expressão e as relações entre instituições estão em constante debate. Com a possibilidade de novos desdobramentos nas investigações e a pressão sobre diversos atores políticos, a comunidade evangélica e o público em geral observam atentamente onde essa história vai culminar.

A batalha entre fé, política e justiça continua a dar o que falar, enquanto o Brasil enfrenta desafios significativos em sua democracia.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes