Brasil, 21 de agosto de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Justiça nega anulação de provas em caso de envenenamento em Ribeirão Preto

A Justiça decidiu manter as provas digitais contra acusados de envenenar uma professora em Ribeirão Preto, evidenciando a gravidade da investigação.

No caso envolvendo o envenenamento da professora de pilates Larissa Rodrigues em Ribeirão Preto, SP, a Justiça negou o pedido de anulação de provas encontradas nos celulares de Elizabete Arrabaça e seu filho, Luiz Antônio Garnica. Ambos são acusados de terem envenenado a vítima em março deste ano e estão detidos desde maio, aguardando o desdobramento do processo.

A decisão da Justiça e suas implicações

O pedido de anulação, apresentado pela defesa, questionava a legalidade da apreensão dos celulares e a inclusão de mensagens trocadas nas investigações. Essas mensagens desempenharam um papel crucial no caso, tendo comprovado que Elizabete esteve no apartamento da vítima horas antes de seu falecimento. Na última segunda-feira, a 2ª Vara de Ribeirão Preto rejeitou o pedido, considerando que a apreensão foi realizada com a devida autorização judicial.

“Essa decisão é importante porque as defesas questionavam a legalidade dessas apreensões. Como houve mandado de busca, autorização judicial, nós já sabíamos que essas teses seriam derrubadas”, afirmou o promotor Marcus Túlio Nicolino. O promotoria está confiante de que as evidências apresentadas sustentam a acusação de feminicídio qualificado, que envolve motivos torpes e meios cruéis.

Acusações e estado de saúde dos envolvidos

Elizabete Arrabaça é acusada de ter colocado veneno na comida da nora, encontrada morta no apartamento onde morava. Ela e Garnica respondem por feminicídio qualificado, e ambos negam qualquer participação no crime. A gravidade das acusações é acentuada pelo fato de Elizabete já estar envolvida em outras investigações, incluindo a morte de sua filha, Nathália Garnica, que também foi confirmada como envenenada após uma exumação.

Transferência de Elizabete Arrabaça

Aos 68 anos, Elizabete foi transferida recentemente para a Penitenciária Feminina de Tremembé, a pedido de sua defesa, que argumentou sobre a segurança na penitenciária onde estava, em Votorantim. O advogado Bruno Corrêa solicitou a mudança de unidade, uma vez que a enfermaria do local original estava recebendo novas detentas com histórico de violência.

“Agora, todo acompanhamento nós faremos com ela na unidade de Tremembé, acompanhando sua situação de saúde e se ela precisará permanecer na enfermaria”, explicou o advogado. O estado de saúde de Elizabete deverá ser monitorado para garantir o tratamento adequado em meio às complexidades do caso.

Outras investigações envolvendo Elizabete Arrabaça

Além da morte de sua nora, Elizabete é alvo de quatro inquéritos policiais em andamento, incluindo um que investiga a morte de sua filha, confirmada como envenenada. O caso levanta questionamentos sobre possíveis intenções de motivação financeira e relações conturbadas, com a polícia investigando se Elizabete poderia ter matado sua amiga Élide Guide, anos atrás, após um empréstimo que não foi pago.

Contexto do crime e repercussão

O caso de Larissa Rodrigues não apenas chocou a comunidade de Ribeirão Preto, mas também chamou a atenção para questões mais amplas de violência contra a mulher. Especialistas e defensores dos direitos humanos têm destacado a importância do rigor na aplicação da lei em casos de feminicídio, enfatizando que cada evidência é fundamental para a manutenção da justiça.

As alegações de envenenamento e o perfil do acusado destacam um ciclo de violência que precisa ser combatido, não apenas através da justiça, mas também por meio de políticas públicas que proporcionem prevenção e apoio às vítimas.

Continuaremos acompanhando o desenrolar desse caso, que revela a complexidade da natureza humana e as falhas em instituições que deveriam proteger a vida e a integridade das pessoas.

Para mais informações sobre o caso e outras notícias da região, você pode acompanhar o g1 Ribeirão Preto e Franca.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes