Brasil, 21 de agosto de 2025
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Garota afirma que funcionário de Buffalo Wild Wings a obrigou a provar seu gênero para usar o banheiro

Incidente em Minnesotta revela o impacto da discriminação contra pessoas trans e o debate sobre privacidade e direitos

Uma adolescente de 18 anos afirmou que foi vítima de harassment por parte de uma funcionária do Buffalo Wild Wings, em Owatonna, Minnesota, ao tentar usar o banheiro feminino em abril deste ano. Gerika Mudra relatou que a situação se agravou após uma abordagem da funcionária, que a teria mandado provar seu gênero para confirmar que ela poderia usar o espaço.

Detalhes do incidente e denúncia contra o Buffalo Wild Wings

Gerika contou que, ao entrar no banheiro, a funcionária entrou na cabine e começou a pressioná-la. “Ela entrou gritando: ‘Este é o banheiro de mulheres, o homem tem que sair'”, disse em entrevista pré-gravada com seus advogados. A jovem afirmou ter tentado provar que era uma mulher ao mostrar que tinha seios sob suas roupas, mas sem sucesso imediato. “Depois disso, ela saiu sem pedir desculpas ou explicar”, completou.

Com o apoio da organização sem fins lucrativos Gender Justice, Gerika apresentou uma denúncia de discriminação à Departamento de Direitos Humanos de Minnesota. A ação visa responsabilizar o estabelecimento por suposta violação de direitos iguais e privacidade, além de cobrar mudanças nas políticas internas da rede.

Repercussão e críticas ao tratamento de pessoas trans

O caso ganhou grande repercussão nas redes sociais, especialmente na plataforma X (antigo Twitter), onde internautas manifestaram sua indignação. Diversos comentários criticaram a prática de exigir provas de gênero em banheiros públicos, considerá-la uma forma de assédio e apontar prejuízos à segurança e dignidade de pessoas trans.

Um usuário afirmou: “Nós avisamos que a transfobia prejudica TODAS as mulheres, não apenas as trans”.

Outro destacou: “Mostrar os seios foi suficiente para provar que ela era uma mulher. Quem defende esses procedimentos não conhece a complexidade da experiência trans, achando que tudo é uma questão de aparência”.

Debate sobre privacidade e direitos humanos

Criticando a prática de “provar o gênero” como uma forma de assédio, muitos argumentam que ela viola a integridade física e emocional de adolescentes e mulheres, além de reforçar estereótipos e discriminações. “Não há como provar sua identidade de gênero sem que isso se torne um ato de assédio sexual”, comentou uma internauta.

Outros questionaram a lógica por trás dessas ações. “Ao tentar proteger as mulheres, estamos, na verdade, colocando adolescentes trans em uma posição de vulnerabilidade e humilhação”, escreveu uma usuária, destacando a necessidade de respeito e de políticas inclusivas nos espaços públicos.

Conscientização e caminhos para mudanças

Especialistas afirmam que incidentes como esse evidenciam a urgência de debater e reformar as políticas de acesso aos banheiros públicos, promovendo maior entendimento e respeito às diferenças. Organizações de direitos civis reforçam que a questão não se resume à segurança, mas engloba a dignidade, o direito à privacidade e a não discriminação.

A Buffalo Wild Wings ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso. Gerika e seus advogados continuam reivindicando uma resposta institucional da rede, além de mudanças nas políticas internas para evitar novos episódios de discriminação.

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