Nesta segunda-feira (29), Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos, fez uma declaração que causou alvoroço nas redes sociais ao sugerir que não haverá eleições em 2028, caso o país esteja em guerra na época. A afirmação foi feita durante um encontro com líderes europeus, incluindo o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy, em um momento de alta tensão internacional.
Trump aponta possibilidade de suspensão de eleições durante conflitos armados
Ao questionado por Zelenskyy sobre a realização de eleições após a obtenção de paz, o ex-presidente confirmou que, durante o período de guerra, a prioridade permanece na segurança do país. Contudo, Trump foi além, afirmando que, “três anos e meio a partir de agora, se estivermos em guerra com alguém, não haverá mais eleições”. A declaração levantou questionamentos sobre a democracia americana e suas possíveis limitações em tempos de conflito.
Durante o diálogo, Trump interrompeu Zelenskyy para reforçar a sua posição: “Se estamos em guerra com alguém, não haverá eleições”. E concluiu com uma risadinha, o que gerou reações de repúdio por parte dos internautas. “Quem se beneficia disso?,” indagou uma usuária, destacando a preocupação com os possíveis motivos por trás de tal fala.
Repercussão e críticas nas redes sociais
A fala de Trump aconteceu no mesmo dia em que foi divulgado que ele estaria vendendo produtos com a campanha “Trump 2028” e “4 mais anos”, o que intensificou o clima de controvérsia. Especialistas e usuários nas redes sociais não pouparam críticas ao ex-presidente, considerando suas afirmações uma tentativa de promover a ideia de um governo autoritário.
Um usuário no X (antigo Twitter) afirmou: “Um presidente em exercício brincando em relação a fabricar uma guerra para impedir a democracia e permanecer no poder. Isso não é mais um problema sério? Ou será que será esquecido?”. Outra pessoa comentou, de maneira irônica, que Trump parece ter descoberto uma forma ‘fácil’ de evitar sair do cargo, caso haja guerra — uma ideia alarmante, segundo muitos analistas políticos.
As críticas também enfatizaram que, historicamente, os Estados Unidos realizaram eleições mesmo durante guerras, o que coloca em questão a plausibilidade e o caráter democrático de uma proposta como essa. “Não se iludam. Os EUA sempre fizeram eleições durante os conflitos. Sempre”, destacou um internauta.
Preocupações com o impacto da declaração
Especialistas em Direito e Política alertam para o perigo de discursos que alimentam ideias de autoritarismo. “Falar em suspender eleições durante uma guerra é um passo perigoso e pode abrir precedentes para retrocessos democráticos”, alerta a professora de Ciência Política, Maria Lopes.
Por ora, a declaração de Trump segue sendo alvo de debates e análises sobre os riscos de um discurso que pode ameaçar as instituições democráticas. A comunidade internacional e os cidadãos americanos continuam atentos às próximas movimentações do ex-presidente em momento de forte polarização política.
Perspectivas futuras
Embora suas falas tenham causado reações duras, Trump ainda conta com uma base de apoio sólida. Especialistas destacam que declarações polêmicas como essa reforçam a importância de fortalecer os mecanismos de defesa da democracia nos Estados Unidos e de promover o debate sobre os limites do poder presidencial.