Os irmãos Álvaro Jabur Maluf Júnior e Paulo Jabur Maluf, donos da rede de moda masculina Camisaria Colombo, causaram um prejuízo de R$ 21 milhões ao sistema financeiro em apenas 21 dias, segundo a Polícia Civil de São Paulo. As denúncias revelam um esquema de fraude envolvendo milhares de transações fraudulentas.
Fraude milionária envolve vulnerabilidade no sistema bancário
De acordo com a investigação, os suspeitos aproveitaram uma fragilidade do sistema financeiro para criar créditos inexistentes e movimentar valores de forma pulverizada em várias contas bancárias. O delegado Paulo Barbosa, da Delegacia de Crimes Cibernéticos, explicou que a ação ocorreu por mais de 2.500 transações feitas ao longo de 20 dias. “A empresa do ramo têxtil operou o verdadeiro milagre da multiplicação dos peixes, enviando valores a contas diferentes que os recebiam, mas sem serem debitados na origem”, afirmou Barbosa.
A suspeita é que a vulnerabilidade tenha sido descoberta sem intenção, ou que tenha ocorrido vazamento de informações por parte de algum funcionário bancário. Os investigadores ainda buscam esclarecer essa questão.
Prisões e buscas na operação policial
Nesta quinta-feira (21), a Polícia Civil realizou uma operação com a prisão de quatro suspeitos e buscas em São Paulo, Avaré, Birigui e Brasília. Álvaro Jabur Maluf Júnior foi preso, enquanto Paulo Jabur Maluf, considerado líder do esquema, ainda está foragido. Outros detidos são Bruno Gomes de Souza, representante legal da BS Capital, e Mauricio Miwa, funcionário da mesma empresa de gestão de ativos.
Segundo o delegado Maicon Richard Moraes, ambos os irmãos tiveram acesso às contas bancárias envolvidas, e a investigação indica que Paulo seria o chefe do esquema, com Álvaro também tendo conhecimento da fraude. “O dispositivo de Álvaro foi utilizado para acessar a conta da BS, o que reforça sua participação”, destacou Moraes.
Implicações e próximos passos na investigação
Além da BS Capital, outras seis empresas receberam transferências e também são alvo de buscas. A Polícia Civil coordena diligências para identificar a extensão do esquema, que impactou diversas instituições financeiras e credores. A investigação ainda busca entender se houve vazamento de informações internas ou se o sistema foi explorado por terceiros não identificados.
A operação reforça a necessidade de reforço na segurança dos sistemas bancários e das instituições financeiras, diante de ameaças cada vez mais sofisticadas. Os suspeitos poderão responder por crimes de fraude, lavagem de dinheiro e malversação de recursos públicos.
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