O presidente Donald Trump anunciou nesta quarta-feira (24) os primeiros indicados ao Kennedy Center Honors deste ano, causando surpresa ao escolher nomes como o cantor country George Strait, o ator Sylvester Stallone e a banda de rock Kiss. A cerimônia, que tradicionalmente celebra contribuições notáveis às artes nos Estados Unidos, agora conta com escolhas que geraram controvérsia e especulações sobre o futuro do centro cultural.
Choques e interesses na seleção dos homenageados
Trump declarou que estava “98% envolvido” nas escolhas, tendo descartado nomes considerados “muito woke ou liberais”, segundo suas próprias palavras. Entre os indicados, destacam-se artistas de diferentes áreas, como a cantora Gloria Gaynor e o ator-s Revelação, o cantor Michael Crawford. A lista inclui também nomes que carregam uma forte conexão com a política e os interesses do presidente, como Stallone, que Trump citou como potencial embaixador de Hollywood.
Controvérsia e críticas ao processo de seleção
Até o momento, a imprensa não obteve resposta oficial sobre o critério de votação, mas sabe-se que tradicionalmente há um comitê bilateral que aprova as homenagens. Históricos nomes como Tom Hanks, Aretha Franklin e Stephen Sondheim já receberam a honraria, independentemente de concordâncias políticas. No entanto, a presença de artistas apoiadores do governo e nomes ligados à indústria do entretenimento que representam uma postura alinhada ao presidente têm gerado debates acalorados.
Reformas e retomada do prestígio do centro cultural
Trump anunciou planos de revitalizar o Kennedy Center, incluindo uma renovação completa do edifício, que, segundo ele, perderia seu brilho nas últimas décadas. O centro, antes símbolo de unidade cultural, passou a ser palco de disputas políticas, após o ex-presidente sugerir mudanças de nome e propor o deslocamento da atenção política do memorial.
Polêmicas com os apoiadores e opositores
Críticos, como Maria Shriver, sobrinha de John F. Kennedy, classificaram as propostas de Trump de “insanas”. Enquanto isso, o presidente sugeriu que transformará o nome oficial do centro, atualmente em homenagem ao ex-presidente, para algo que reflita a nova era que pretende construir. Em suas redes sociais, Trump afirmou que o local voltará a ser um “orgulho nacional”.
Implicações para o futuro do Kennedy Center
A controversa entrada de Trump na administração do Kennedy Center marca uma mudança radical na tradição de indicações bipartidas, que por décadas mantiveram uma postura mais conciliadora, mesmo em momentos de discordância política. O presidente também indicou que haverá uma reformulação na programação, priorizando artistas alinhados às suas opiniões.
Por enquanto, a cerimônia de premiação — que acontecerá no fim do ano — promete ser uma das mais discutidas da história da instituição, com possíveis manifestações e debates sobre o impacto dessas escolhas na cultura americana. A expectativa é de que a atual administração continue polarizando opiniões, enquanto busca consolidar seu controle sobre o centro cultural.