A dor de perder um filho é indescritível, mas quando essa tragédia se multiplica, o sofrimento parece insuportável. Nesta sexta-feira (15), duas irmãs, Ana Beatriz de 13 anos e Anna Jhulya de 3, foram atropeladas por uma carreta em Itanhaém, litoral de São Paulo, enquanto voltavam da escola. O caso rapidamente chamou a atenção da população local e gerou um desabafo tocante da mãe, Joyce Figueiredo Costa, que compartilhou sua dor nas redes sociais.
Uma tragédia que abalou Itanhaém
O acidente ocorreu na Avenida Emídio de Souza, no bairro Jardim Oásis, quando as meninas foram atropeladas enquanto estavam de bicicleta. Socorridas imediatamente, ambas não resistiram aos ferimentos e faleceram em unidades de pronto atendimento. A tristeza foi imensa para a família, que ficou devastada pela perda repentina e brutal.
Joyce, a mãe, expressou seus sentimentos de maneira profunda: “Perder uma filha já é uma dor impossível de descrever. Perder duas é como perder o chão, o ar, o sentido da vida.” Em sua publicação, ela também expressou gratidão pelo apoio recebido da comunidade e do sentimento de solidariedade em um momento tão difícil.
Solidariedade da comunidade
Após o acidente, moradores de Itanhaém se mobilizaram para ajudar a família, realizando uma campanha de arrecadação para cobrir despesas fúnebres. “Nada pode preencher o vazio que ficou. Mas, em meio a tanta dor, encontramos o abraço, a solidariedade e a compaixão de tantas pessoas”, escreveu Joyce, enfatizando o quanto os gestos de carinho e apoio foram significativos durante esse período tão escuro de sua vida.
Joyce também destacou a importância do filho do meio, André Vitor, de 8 anos, que, segundo ela, é a força que os mantém de pé diante da tragédia. “Ele é a nossa força para continuar”, declarou a mãe, ressaltando a necessidade de seguir em frente, apesar da dor.
Demandas por segurança no trânsito
A tragédia levantou questões sobre a segurança da Avenida Emídio de Souza, onde o acidente ocorreu. A família das meninas, junto com moradores da área, fez uma manifestação na Câmara Municipal de Itanhaém, solicitando melhorias para a via. Segundo testemunhas, a falta de sinalização adequada contribui para que o local seja considerado perigoso.
A Prefeitura de Itanhaém se manifestou sobre o caso, informando que está tomando medidas para reforçar a sinalização viária nas principais avenidas da cidade, incluindo a Avenida Emídio de Souza. Além disso, a secretaria responsável está realizando operações de tapa-buracos para melhorar a segurança na região, reforçando que a conservação da via é uma prioridade.
Reflexão e esperança
Embora a dor da perda seja palpável e eterna, Joyce Figueiredo Costa espera que sua história sirva como um alerta para a sociedade sobre a importância da segurança no trânsito e da proteção das crianças. A tragédia que abalou sua família e a comunidade de Itanhaém nos lembra que, em momentos de crise, a solidariedade e o apoio coletivo são fundamentais.
Em suas palavras finais, Joyce reafirmou: “Vocês não podem devolver nossas meninas, mas mostraram que não estamos sozinhos e que o amor humano é capaz de trazer um pouco de luz até nos dias mais escuros.” Com isso, ela busca esperança e apoio para continuar sua vida neste novo e doloroso capítulo.
O legado das meninas
A história de Ana Beatriz e Anna Jhulya, embora marcada pela tragédia, também ressalta a importância de valorizar cada momento com nossas crianças. O amor e os laços familiares, que foram severamente testados, se transformam numa potente lembrança de que cada dia é um precioso presente. Que suas memórias inspirem mudanças significativas na segurança das vias públicas e na proteção de futuras gerações.