Brasil, 21 de agosto de 2025
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Supporter de Trump denuncia racismo e se arrepende de voto após detenção na fronteira

Homem de Califórnia relata ser vítima de profiling racial por agentes de imigração, após votar em Trump, e questiona justiça do sistema

Jason Brian Gavidia, um cidadão americano da Califórnia, revelou nesta segunda-feira que se arrepende de ter votado em Donald Trump na última eleição, após uma experiência traumática com a patrulha de fronteira, que alegadamente o deteve e o racinal profiliou durante uma abordagem em junho.

Detenção e racismo na fronteira alimentam a crise de confiança

Gavidia afirmou que foi parado por agentes de imigração sem justificativa clara e, durante a abordagem, sentiu-se alvo de preconceito racial. Em vídeo divulgado pelo Los Angeles Times, é possível ouvir o momento em que um agente questiona sua origem de forma agressiva: “Que hospital você nasceu?”.

Ele conta que os agentes o forçaram contra uma cerca de metal, twisted seu braço durante o interrogatório e apreenderam seu telefone, ações que o deixaram traumatizado. Apesar de eventual libertação, Gavidia afirma sentir um forte impacto emocional. “Cada vez que vejo o vídeo, é como uma memória ruim que fica na minha cabeça”, disse ao KNBC.

Reorientação política e críticas às políticas de Trump

Gavidia, que apoiou Donald Trump nas eleições passadas, diz agora que compreende seu erro. “Acredito que fui alvo por causa da minha raça. Votei acreditando em mentiras. Foi um erro”, declarou, acrescentando que o racismo e a brutalidade da operação de imigração são injustificáveis.

“Onde está a liberdade? Onde está a justiça? Vivemos na América.”, questionou o homem, atualmente envolvido em uma ação coletiva movida pela ACLU de Los Angeles, que acusa a administração Trump de perfilar indivíduos com base em aparência racial durante operações de imigração.

Controvérsia e respostas oficiais

Uma videogravação de junho mostra os agentes usando máscara e óculos escuros, acusando Gavidia de agressão quando o questionaram. Segundo a denúncia, os agentes o prenderam e usaram força física pelo fato de ser latino, trazendo à tona a questão do perfil racial no sistema de imigração.

Na ocasião, Tricia McLaughlin, subsecretária do Departamento de Segurança Interna, inicialmente afirmou que Gavidia havia sido preso por agressão, porém posteriormente admitiu que ele foi apenas interrogado e seu amigo, preso por agressão. Na quarta-feira, McLaughlin declarou que Gavidia “foi preso por agressão a um policial” — uma afirmação que HuffPost buscou esclarecer.

Impacto e perspectivas

Apesar das controvérsias, Gavidia reforça sua indignação. “Se fosse verdade que isso aconteceria, eu não teria votado. Nós somos humanos, não vamos destruir nossa comunidade”, ressaltou. Sua história evidencia o clima de tensão e desconfiança que permeia as ações de imigração nos EUA.

A controvérsia ocorre em um momento em que tribunais federais ordenaram pausas nas operações de imigração indiscriminadas na Califórnia, embora a administração ainda busque recorrer dessas liminares perante a Suprema Corte. Organizações de direitos civis continuam acompanhando o caso, que reforça o debate sobre profiling racial e violações de direitos nos procedimentos de imigração.

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