Laços de amizade, escolhas de casting e detalhes de produção revelados mostram como “A princesa diaries” se tornou um clássico da Disney. Os bastidores escondem histórias surpreendentes que vão mudar sua visão sobre a produção.
Uma adaptação marcada por mudanças e escolhas decisivas
O filme de 2001 foi baseado no livro de Meg Cabot, que foi comprado pela Disney por apenas US$ 4 mil em 1999. Na época, a autora trabalhava na supervisão de uma residência de meninas na NYU, e o manuscrito chamou a atenção de produtoras como Debra Martin Chase e Whitney Houston, que já haviam produzido “Cinderela” em 1997.
Segundo Cabot, Disney comunicou que no filme iriam eliminar a figura do pai da protagonista, por sugestão de Julie Andrews, que queria interpretar a avó, mas não tinha muitas falas. Assim, optaram por matar o personagem para acomodar a atriz. Essa decisão foi aceita pela autora, que viu a mudança como uma adaptação necessária para o sucesso do filme.
Escolhas de elenco e bastidores do casting de Mia
Anne Hathaway foi a primeira e única a fazer teste para o papel de Mia Thermopolis. Garry Marshall e a equipe se apaixonaram por ela imediatamente. Hathaway relembrou que, na hora da audição, Garry mostrou as fitas às suas netas de cinco anos, que decidiram que ela tinha o cabelo perfeito para a princesa.
Outras atrizes consideradas para o papel incluíram Scarlett Johansson, January Jones e Emmy Rossum, mas todas recusaram. Juliette Lewis, Reese Witherspoon e Claire Danes também entraram na lista de recusas.
Estreia e colaboração com Julie Andrews
Como era a primeira grande função de Hathaway no cinema, Julie Andrews ajudou a ensinar Anne os meandres de um set de filmagem. Em uma ocasião, Andrews saiu do set de roupão e chinelos para ajudar a atriz a aprender sua fala, demonstrando o seu desejo de ensinar e colaborar.
Garry Marshall, diretor do filme, sempre considerou Andrews uma pessoa nata para papéis de realeza, destacando sua boa disposição para comédia e seu talento natural.
Filmagens e detalhes de bastidores
O filme foi oficialmente gravado no Stage 2 dos estúdios Disney, na mesma sala onde Julie Andrews filmou “Mary Poppins” em 1963. A produção também usou exteriores de São Francisco, incluindo a antiga estação de bombeiros Engine Company No. 43, que virou ponto turístico.
Durante as filmagens, diversas cenas divertidas e improvisos aconteceram, como quando o pincel de cabelo de Patrick Flueger quebrou de verdade durante uma cena. Hathaway também revelou que muitos momentos de sua personagem, incluindo tropeços e ações desajeitadas, foram improvisados na hora.
Momentos marcantes e detalhes curiosos
Para as cenas em que Mia e sua mãe, Helen, estouram balões de tinta, foi utilizado um rifle de ar comprimido para explodir os balões, e não apenas uma tarefa de papelão.
Outro dado interessante é que, na cena do jantar, o garçom que fala “acontece o tempo todo” foi interpretado por Allan Kent, que também entregou essa mesma fala em “Uma Linda Mulher”.
Conexões especiais e detalhes finais
O personagem do pai de Mia, Philippe Renaldi, foi dublado por René Auberjonois, mas na cena, a imagem do pai é na verdade o retrato do próprio pai de Hathaway, que foi usado na gravação.
Garry Marshall levou o clima do filme de forma leve e festiva, realizando celebrações temáticas para cada feriado durante as filmagens, incluindo contes de abóbora de Halloween e paradas de Ação de Graças com Julie Andrews como jurada.
Itens de valor e segredos de produção
As joias e a tiara usadas por Julie Andrews nas cenas finais eram avaliadas em cerca de US$ 500 mil, empréstimo de um joalheiro famoso. Para garantir segurança, um segurança particular acompanhou Andrews enquanto ela usava as joias no set.
Entre as curiosidades finais, Hathaway contou que a sua personagem desajeitada foi resultado tanto do roteiro quanto de improvisos na cena, incluindo a famosa queda na chuva na arena de escola. Os bastidores, de fato, parecem tão encantadores quanto o próprio filme.
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