Na manhã de segunda-feira (18/8), uma professora da Escola Infantil Xodó da Vovó, localizada em Caxias do Sul (RS), foi demitida após a divulgação de um vídeo que mostra uma agressão a um aluno de apenas quatro anos. O caso chocou a comunidade escolar e resultou na abertura de um inquérito pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA).
Vídeo revela a agressão
Câmeras de segurança da instituição gravaram o momento em que a professora grita com o menino e o atinge com uma pilha de livros. O barulho da pancada pode ser claramente ouvido nas imagens, que também mostram a professora tentando limpar o rosto da criança e a levando ao banheiro para lavar a boca. O vídeo foi entregue à família e, posteriormente, repassado às autoridades.
Boletins de ocorrência e investigações
Para acompanhar o case, a delegada responsável pela investigação, Thalita Andrich, informou que no mesmo dia foram registrados dois boletins de ocorrência, um apresentado pelos pais da criança e outro pela própria instituição de ensino. A gravidade dos acontecimentos demandou uma análise detalhada dos vídeos e dos relatos envolvidos.
Versão da professora
Antes da liberação das imagens, a professora havia alegado à direção que a criança teria caído no banheiro, apresentando uma foto do menino machucado para justificar o ocorrido. No entanto, os pais ficaram preocupados com a situação do filho e decidiram levá-lo a um dentista, onde foi constatado o afrouxamento de seis dentes, levantando dúvidas sobre a versão apresentada pela professora.
A resposta da escola
A direção da Escola Infantil Xodó da Vovó manifestou surpresa com o incidente. Cristhian Segatto Ferreira, diretor e proprietário da escola, afirmou que a professora, que trabalhava na instituição há seis anos, era considerada responsável e querida por alunos e pais. “Ela não demonstrou reação ao ser confrontada com o vídeo”, comentou Ferreira.
Apoio à família da criança
Em nota oficial, a Escola Xodó da Vovó lamentou profundamente os acontecimentos e assegurou que está colaborando integralmente com as autoridades. A instituição também se comprometeu a oferecer apoio à família da criança afetada. “Reforçamos que a apuração dos fatos e a devida responsabilização estão sendo conduzidas pelas autoridades competentes, que contam com o total apoio e colaboração desta instituição”, diz a nota.
Repercussão na sociedade
O incidente não apenas causou indignação na comunidade escolar, mas também levantou discussões mais amplas sobre a segurança e o tratamento de crianças em ambientes educacionais. Pais e especialistas em educação se manifestam nas redes sociais, exortando por mais vigilância e protocolos de segurança em escolas.
Movimento de conscientização
Este caso trágico também impulsiona um movimento de conscientização sobre a necessidade de um olhar mais atento para a saúde mental e a segurança de crianças na educação. Organizações de defesa dos direitos da criança se pronunciam sobre a importância de ambientes seguros e respeitosos nas escolas, reforçando que qualquer tipo de violência deve ser punido e prevenido.
Enquanto as investigações continuam, a sociedade aguarda ansiosamente por respostas e mudanças que garantam que situações como essa não voltem a ocorrer.
Este incidente é um lembrete sombrio da importância de proteger nossos jovens em todos os aspectos, e a comunidade escolar é um dos principais espaços onde isso deve ser priorizado.