Na última quarta-feira (20), o ministro da Previdência, Wolney Queiroz, teve uma reunião com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). A pauta principal do encontro foi o projeto que visa prevenir novas fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Este assunto se destacou em meio à recente derrota do governo na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que irá investigar desvios na autarquia.
Ministro discute projeto de lei com presidente da Câmara
O ministro Queiroz ressaltou que a prioridade da conversa foi o projeto de lei em tramitação, enfatizando a necessidade de melhorias no texto. “Temos a possibilidade de aprimorar o projeto e fazer alterações, e nossa equipe está à disposição para auxiliar nesse processo”, afirmou. Queiroz mencionou que Hugo Motta se comprometeu a dialogar com o deputado Danilo Forte (União-CE) sobre as melhorias.
Apesar da importância do projeto, Queiroz não abordou a derrota na CPMI durante a reunião. Ele alegou que a conversação foi centrada na proposta legislativa, dada a agenda apertada do presidente da Câmara.
Impactos da derrota na CPMI do INSS
A CPMI do INSS, que deverá investigar as práticas fraudulentas na instituição, teve sua presidência e relatoria entregues à oposição. O ministro ponderou que o governo não acompanhou de perto este processo, mas enfatizou que “quem possui a verdade e uma boa narrativa não teme relator ou presidente”.
Nesse contexto, Queiroz se comprometeu a abrir os dados do ministério e do INSS para a CPMI. Ele ressaltou que a investigação deve ser conduzida de maneira séria e equilibrada, independentemente do governo em questão. “Os responsáveis devem ser identificados e processados. O governo atual já começou a desbaratar esses esquemas e devolver recursos aos cidadãos que foram lesados”, afirmou.
Expectativas sobre a condução das investigações
O ministro solicitou que o trabalho da CPMI seja pautado pela justiça e imparcialidade. “Espero um relatório equitativo, que se baseie nos fatos e na verdade, sem influência política”, disse Queiroz, que acredita que os membros da comissão estão cientes da gravidade das investigações a serem realizadas, seja sobre o governo atual ou o anterior.
Após a eleição de Carlos Viana (Podemos-MG) como presidente da CPMI, o clima entre os opositores ao governo Lula era de celebração. Viana recebeu 17 votos a 14, em uma reviravolta que simboliza uma vitória significativa para a oposição, e uma derrota para o governo e seus aliados.
A mudança de cenário político na CPMI
A escolha de Alfredo Gaspar (União Brasil-AL) como relator foi outra faceta dessa mudança, uma vez que o presidente da Câmara, Hugo Motta, havia indicado Ricardo Ayres (Republicanos-TO) para a função. As reações foram intensas, com grupos alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) celebrando a nova configuração da CPMI e clamando por uma mudança de paradigma na condução da previdência social no Brasil.
Conclusão
A tensão entre o governo e a oposição deverá se intensificar nas próximas semanas, à medida que a CPMI começa a funcionar. A capacidade do governo de implementar políticas de combate a fraudes e garantir uma administração previdenciária eficaz poderá ser testada durante os trabalhos da comissão. O futuro da Previdência Social no Brasil, portanto, permanece incerto, dependendo não apenas das ações do governo, mas também do desempenho da CPMI nas suas investigações.
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