O surfista carioca Lucas Chumbo, prestes a completar 30 anos, recebeu um “presente de Deus” ao quebrar o recorde da maior onda já surfada no Brasil. No último dia 30, ele surfou uma onda impressionante de 14,82 metros na Laje da Jagua, localizada no litoral sul de Santa Catarina, um marco na sua carreira e um passo significativo em direção ao seu sonho de surfar a maior onda do mundo.
Um sonho realizado em terras brasileiras
Lucas Chumbo estava no Taiti quando recebeu a notícia de que havia batido o recorde brasileiro. Ele acompanhou seu irmão, João Chianca, que competia em uma etapa do campeonato mundial de surfe organizado pela WSL. Mesmo longe, a ansiedade tomou conta dele até a confirmação do feito.
“Sou um pouco ansioso para essas notícias. Fiquei esperando para ver como ia ser, para não aumentar a ansiedade do outro lado do mundo. A notícia me pegou de surpresa, mas foi uma surpresa que eu sempre sonhei, um sonho realizado”, compartilhou Chumbo em entrevista.
Condições perfeitas para o recorde
O surfista revelou que a combinação da técnica e da natureza foi crucial para atingir a nova marca. Em Jaguaruna, a formação de um ciclone extratropical proporcionou as condições ideais para a formação do swell necessário. Essa sinergia entre homem e natureza apresentou um cenário que impressionou até os surfistas mais experientes.
Chumbo usou o mesmo equipamento de proteção que costuma utilizar em Portugal, tomando todos os cuidados necessários para evitar acidentes. Ele sabe que, caso algo saísse errado, as consequências poderiam ser drásticas, já que surfar uma onda dessa magnitude é um desafio extremo. “Na hora que estava surfando, não tinha noção do tamanho daquela onda, só tive quando fui ver a foto. É uma sensação diferentíssima”, disse ele.
O caminho para a maior onda do mundo
No ano passado, Lucas surfou uma das maiores ondas já registradas na mundialmente famosa Nazaré, que tinha impressionantes 26,8 metros. Esse feito trouxe um ânimo extra para o surfista, reforçando suas ambições de surfar a maior onda do mundo.
“Ter quebrado esse recorde aqui em casa, com a bandeira do Brasil estampada no peito, é um sentimento de paixão e amor. Sou apaixonado pelo meu país e espero poder representá-lo ainda mais lá fora”, declarou Chumbo, que não esconde seu desejo de fazer história novamente. “Meu próximo recorde é o que eu sempre sonhei: surfar a maior onda do mundo. Estou sempre em busca dela”, acrescentou.
O futuro do surfe nas Olimpíadas
Desde os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, o surfe passou a fazer parte do maior evento esportivo do mundo. No entanto, Chumbo tem esperança de que a modalidade de ondas gigantes seja incluída no futuro. Ele sabe que a natureza ainda é o fator determinante e que a previsibilidade é um desafio para a prática do esporte.
“Tudo depende de uma previsão, e datas marcadas são coisas que não acontecem para a gente. Quem sabe um dia possamos ter uma piscina de ondas gigantes e transformar esse esporte maravilhoso em uma modalidade olímpica?”, questionou Chumbo, refletindo sobre o futuro do surfe.
Com um espírito sempre esperançoso, Lucas Chumbo continua a inspirar muitos ao redor do mundo, mostrando que os sonhos são feitos para serem seguidos, independentemente dos desafios que possam surgir no caminho.
Agora, com um recorde nas costas e um novo horizonte a ser explorado, o surfista carioca se prepara para continuar sua jornada nas ondas, sempre em busca de seu próximo grande desafio.
