No último domingo, John Oliver, anfitrião do programa “Last Week Tonight”, criticou duramente as ações do ex-presidente Donald Trump, que tentou reforçar sua imagem de líder forte ao ativar a Guarda Nacional em Washington, D.C., e tomar controle da polícia da capital. Essas medidas foram justificadas por Trump como uma resposta a uma suposta violência, embora os dados mostrem que o crime na cidade atingiu seu menor nível em 30 anos.
Críticas à estratégia de Trump de “consertar o que não está quebrado”
Oliver explicou que a tentativa de Trump de parecer durão é uma tática mais de publicidade do que uma solução séria, ligando-a a associações desconfortáveis com figuras como Jeffrey Epstein, ao tumulto do 6 de janeiro de 2021, e a Vladimir Putin. “É dolorosamente evidente que Trump faz isso para elevar sua imagem de durão junto à sua base”, afirmou o apresentador.
O humorista ainda acrescentou: “Mas essa narrativa enfrenta dificuldades, pois o próprio Trump é quem foi amigo de um traficante de crianças, causou o caos no Capitólio, e, na última sexta-feira, foi dominado por um líder destrutivo para tentar convencer os americanos de que está zelando pela segurança deles. Na verdade, se alguém tem feito o país mais perigoso, provavelmente é ele mesmo.”
O projeto “Make America Healthy Again” em xeque
Além da crítica ao uso da força, Oliver abordou a campanha de Trump chamada “Make America Healthy Again”, questionando a legitimidade e a coerência das ações relacionadas à saúde pública do ex-presidente. Ele destacou que, ao tentar fortalecer sua imagem de “protector”, Trump acaba, na visão do apresentador, reforçando uma narrativa de força vazia e superficial.
Implicações e repercussões
A análise de Oliver reforça a ideia de que a estratégia de Trump de reforçar uma imagem de durão é uma jogada de marketing que esconde fraquezas e ligações polêmicas, em um cenário político cada vez mais polarizado. Sua avaliação aponta que, por trás da fachada de “camisa de força”, há uma figura que tentou manipular a narrativa para reforçar seu controle político e emocional.
Esta crítica foi divulgada originalmente pelo HuffPost e revela a crescente disposição de comentaristas e humoristas em questionar a narrativa de força de Trump, expondo suas contradições e ligações com cenas e figuras controversas.