Brasil, 20 de agosto de 2025
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Igreja brasileira se mobiliza para a COP30 com nova identidade visual

A Conferência Episcopal do Brasil lança iniciativa para ampliar participação da Igreja nas discussões sobre justiça climática.

Durante o Conselho permanente na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) em junho, foi lançada a identidade visual “Igreja rumo à COP30: Articulação pela ecologia integral e a justiça climática”. Este movimento reflete o compromisso da Igreja em participar ativamente dos preparativos para a Conferência do Clima, que ocorrerá em 2025 em Belém, no norte do Brasil.

Objetivos da iniciativa da Igreja

A iniciativa visa refletir sobre os desafios sociais e ambientais enfrentados na região, buscando dar voz às comunidades mais vulneráveis e aos povos da Amazônia nas discussões globais sobre a crise climática. Dom Jaime Spengler, presidente da CNBB, enfatizou a importância de uma participação **ativa e incisiva** da Igreja na COP30, afirmando que, embora não possa substituir as lideranças políticas, está em seu dever profético defender os biomas e recursos naturais.

Para fortalecer esse processo, a Igreja está promovendo uma série de Pré-COPs em várias macrorregiões do Brasil. Esses encontros têm o objetivo de capacitar líderes e fomentar a mobilização popular, além de aprofundar a discussão sobre os impactos da crise climática nos territórios.

A importância do diálogo e advocacy

“As mudanças climáticas afetam diretamente a humanidade, os animais, as plantas e os recursos naturais, ameaçando a vida no planeta”, afirmou Dom Vicente de Paula Ferreira, secretário-geral da Comissão Especial para a Ecologia Integral e a Mineração da CNBB. Ele destacou que a Igreja deve se empenhar no diálogo e na **advocacy**, especialmente durante eventos como a COP30, para garantir que a transição ecológica se traduza em uma mudança real de estilo de vida, pautada pelo respeito à criação.

Elementos da nova identidade visual

Um vídeo explicativo, disponível online, ilustra os elementos gráficos e conceituais da nova identidade visual, que simboliza o compromisso da Igreja com a proteção dos biomas e dos povos originários. No centro da identidade, a cruz representa **a fé que une céu e terra**, guiando a missão cristã de cuidar da nossa Casa Comum.

As cores escolhidas para a identidade também possuem significados profundos: o amarelo remete à **luz e à conversão**, o azul simboliza **a água como fonte de vida**, o verde expressa **a criação e a urgência da conservação da biodiversidade**, e o castanho representa **a terra e o clamor dos pobres**.

Cooperação entre instituições católicas

Convocada pela Presidência da CNBB, a iniciativa reúne um vasto conjunto de organizações católicas comprometidas com a agenda socioambiental, incluindo a Comissão Especial para Ecologia Integral e Mineração, a Comissão para a Ação Sociotransformadora, e o Movimento Laudato Si’. Mais de 100 organizações estão mobilizadas neste processo, buscando um esforço coletivo em direção à justiça climática e ao respeito pela Casa Comum.

O bispo auxiliar de Belém e organizador local do projeto “Igreja rumo à COP30”, Dom Paolo Andreolli, ressaltou que a fé impulsiona católicos e cristãos a cuidar da Casa Comum com compaixão e coragem. “É tempo de unidade e compromisso ativo com a justiça climática e com os mais vulneráveis”, afirmou.

Com a Conferência do Clima se aproximando, a Igreja no Brasil busca fortalecer sua presença nas discussões sobre justiça climática e trabalhar em conjunto com as comunidades afetadas, promovendo um futuro mais sustentável e equitativo para todos.

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