Brasil, 20 de agosto de 2025
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Governo dos EUA pode obrigar Google a vender o Chrome

Decisão judicial pode levar à maior quebra de monopólio de uma gigante dos EUA desde 1984, afetando mercado de buscas e dados de navegação

O governo dos Estados Unidos anunciou que deseja que o Google venda seu navegador Chrome e licencie seus dados de busca para concorrentes, em uma das maiores ações antitruste desde a desmembramento da AT&T, em 1984. O juiz Amit Mehta deve determinar oficialmente as medidas nos próximos dias, em uma decisão que pode transformar o mercado de buscas na web.

Qual foi o caso contra o Google?

As autoridades argumentam que o Google, que responde por quase 90% das buscas on-line, pagou bilhões de dólares para manter seu monopólio por meio de acordos com fabricantes de smartphones, operadoras e outras empresas de tecnologia. Segundo o Departamento de Justiça, esses contratos dificultaram a entrada de rivais como DuckDuckGo e Microsoft Bing, impedindo a competição e beneficiando os lucros do Google.

Entre as empresas que concordaram em definir o Google como padrão em seus dispositivos estão Apple e Samsung. Esses acordos, alegam os autores da ação, bloquearam pontos de acesso considerados cruciais, reduzindo o volume de dados disponíveis para concorrentes melhorarem seus produtos.

Medidas propostas pelos órgãos antitruste

Propõe-se que o Google seja obrigado a vender o navegador Chrome, além de fornecer seus dados de buscas para eventuais concorrentes, ajudando-os a desenvolver melhores produtos. A proposta inclui também uma obrigatoriedade de licenciar conteúdo de plataformas próprias, como o YouTube, que aparece na busca do Google.

O juiz Amit Mehta realizou um julgamento de três semanas em 2025 para avaliar essas propostas e decidiu que os pagamentos do Google para firmar sua posição de padrão efetivamente excluíram a concorrência, prejudicando o mercado de buscas.

Reações e defesas do Google

A gigante tecnológica anunciou que pretende recorrer da decisão, alegando que a separação do Chrome atrasaria ações para combater o monopólio. A empresa também afirmou que facilitará o uso do Android por fabricantes como a Samsung, sem a necessidade de configurar o Google como padrão de busca, e que suas propostas visam proteger privacidade e segurança dos usuários.

Além disso, o Google argumenta que a decisão do juiz prejudicaria investimentos em inteligência artificial e beneficiaria rivais que dependem de sua receita publicitária, como Mozilla e Microsoft.

Importância das leis antitruste

As leis antitruste visam proteger a concorrência, impedindo práticas predatórias que sustentam monopólios ilegais. Nos EUA, ser grande não é ilegal; a ilegalidade reside em ações que impedem o desenvolvimento de rivais ou mantêm o domínio por meios ilegais, o que pode levar à divisão forçada de empresas ou multas significativas.

Perspectivas futuras

O caso contra o Google representa um marco na fiscalização de empresas de tecnologia, com possíveis reflexos na estrutura do mercado digital nos próximos anos. A decisão do juiz pode abrir espaço para maior diversidade de buscadores e fortalecer a competição no setor.

Para saber mais detalhes sobre o julgamento, acesse o artigo completo.

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