Brasil, 21 de agosto de 2025
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Eduardo Bolsonaro critica investigação da Polícia Federal

Deputado federal reage ao indiciamento por crimes e diz que investigação busca desgaste político.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, não hesitou em criticar a investigação da Polícia Federal (PF) que resultou em seu indiciamento por crimes, incluindo coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito. A declaração foi dada em uma postagem no X (antigo Twitter) nesta quarta-feira, 20 de agosto.

A crítica à PF e ao vazamento de conversas

Bolsonaro expressou seu desgosto e indignação com a atuação da PF, considerando um “absurdo” que conversas privadas entre ele e seu pai, além de aliados políticos, sejam tratadas como crime. “É lamentável e vergonhoso ver a Polícia Federal tratar como crime o vazamento de conversas privadas, absolutamente normais, entre pai e filho e seus aliados”, escreveu ele em sua rede social.

Atualmente residindo nos Estados Unidos, o deputado também criticou a investigação, insinuando que seu objetivo não é a busca pela justiça, mas sim a intenção de provocar um desgaste político. “O indiciamento ocorreu após a PF concluir as investigações sobre minha atuação junto ao governo dos Estados Unidos para promover medidas de retaliação contra o governo brasileiro e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF)”, explicou ele, sugerindo que seu papel foi mal interpretado.

Eduardo classifica relatório como “delirante”

O deputado não poupou adjetivos ao criticar o relatório da PF. Ele considerou a teoria apresentada pela instituição que poderia haver a intenção de influenciar decisões de governo como “absolutamente delirante”. Em sua visão, qualquer poder de decisão estava nas mãos das autoridades americanas e não em suas próprias. “Se a tese da PF é de que haveria intenção de influenciar políticas de governo, o poder de decisão não estava em minhas mãos, mas sim em autoridades americanas”, declarou.

O parlamentar também questionou a PF, questionando a ausência da inclusão de figuras proeminentes do governo americano na investigação, como Donald Trump, o Secretário Marco Rubio ou o Secretário do Tesouro Scott Bessent. “Por que, então, a PF não os incluiu como autores? Omissão? Falta de coragem?”, indagou.

Defesa e luta pela liberdade

Em uma mensagem clara, Eduardo Bolsonaro ressaltou que sua atuação nos Estados Unidos foi sempre em defesa das liberdades individuais no Brasil, prometendo que seu objetivo é restabelecer essas liberdades por meio de um projeto de anistia em tramitação no Congresso Nacional.

O deputado enfatizou viver sob a jurisdição americana e se amparar pela “Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos”, que garante a liberdade de expressão e o direito de peticionar ao governo. “Se o meu ‘crime’ for lutar contra a ditadura brasileira, declaro-me culpado de antemão”, acrescentou.

O contexto das investigações

O indiciamento de Eduardo Bolsonaro ocorre em um momento de tensão política no Brasil, onde ele se posiciona contra as investigações acerca da tentativa de golpe no país. O caso envolve não só a atuação da PF, mas também as relações diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos, evidenciando as complexidades da política brasileira contemporânea.

Por suas declarações, Eduardo não apenas se armou verbalmente contra a PF, mas também chamou atenção para o debate sobre as liberdades civis e a ação das autoridades no contexto político atual, um tema que ressoa fortemente entre seus apoiadores.

Enquanto isso, a investigação prossegue, e a resposta da PF ao indiciamento de Eduardo Bolsonaro pode gerar novas reviravoltas no cenário político brasileiro. A expectativa pela defesa do deputado e suas futuras declarações também estão sendo aguardadas com interesse pela mídia e pelo público que acompanha esses desdobramentos.

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