Brasil, 21 de agosto de 2025
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Economia da Argentina cai pelo quarto mês consecutivo em junho

A atividade econômica argentina recuou 0,7% em junho, pressionada por gastos do consumidor e instabilidade financeira antes das eleições

A economia da Argentina contraiu 0,7% em relação a maio, marcando o quarto mês consecutivo de queda, segundo dados oficiais divulgados nesta quarta-feira. A forte desaceleração ocorre pouco antes das eleições legislativas de outubro, representando um desafio para o presidente Javier Milei.

Perspectivas econômicas e desafios atuais

Apesar do recuo em junho, o Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu 6,4% em comparação ao mesmo período do ano passado, acima do esperado pelos economistas, conforme estatísticas do governo. No entanto, a queda na atividade reflete uma redução nos gastos do consumidor, que viram seus salários ajustados pela inflação caírem para territórios negativos no início do ano.

Pressões internas e externa

Em julho, as taxas de juros aumentaram significativamente, impulsionadas pela venda de reservas do Banco Central e pela queda de 12% do peso argentino. Essa situação deve dificultar ainda mais a recuperação econômica, avaliam os especialistas. Além disso, a taxa de juros no depósito privado atingiu 56% ao ano, recorde histórico desde a criação do indicador, comparado às expectativas de inflação de menos de 30% para os próximos 12 meses.

Impactos nas exportações e comércio internacional

Por outro lado, as exportações do país cresceram 7,5% em relação a julho de 2024, totalizando US$ 7,72 bilhões, impulsionadas principalmente por commodities, que tiveram aumento de 22,8% nas vendas. As importações subiram 17,7%, chegando a US$ 6,73 bilhões, com destaque para o aumento nos veículos de passageiros (135,3%) e bens de capital e consumo.

Reforço das incertezas eleitorais

As próximas eleições, que ocorrem em setembro e outubro, são vistas como um referendo ao governo de Milei. Os argentinos irão às urnas para votar na legislatura provincial de Buenos Aires e no Congresso nacional, o que pode determinar os rumos econômicos do país no curto prazo.

Previsões e desafios fiscais

Apesar das dificuldades, os economistas esperam crescimento de 5% para a Argentina neste ano, de acordo com a pesquisa mensal do banco central divulgada em julho. Além disso, o superávit comercial de julho foi de US$ 988 milhões, uma redução de US$ 470 milhões em relação ao mesmo período de 2024.

Especialistas alertam que o cenário de instabilidade aumenta os riscos de uma maior desaceleração econômica, dificultando a recuperação ante as turbulências internas e externas. A continuidade do enfrentamento às pressões financeiras será determinante para o futuro do país.

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