Em uma postagem recente na Truth Social, Donald Trump criticou museus americanos por abordarem como a escravidão foi “ruim”, classificando a discussão como “woke” e fora de controle. A declaração gerou reações de repúdio e intensificou o debate sobre o ensino da história racial nos Estados Unidos.
Trump pede mudanças nos museus para refletir “sucesso”
Trump afirmou que orientou seus advogados a “passar pelos museus” e fazer alterações que destaquem “sucesso” e “brilho”, sugerindo uma tentativa de apagar ou minimizar os aspectos mais sombrios da história do país – incluindo a escravidão.
“Tem havido uma obsessão com mostrar o quão horrível a escravidão foi”, escreveu o ex-presidente, acrescentando que os museus deveriam focar em “coisas positivas”.
Repercussões e críticas acirradas à declaração
A postagem viralizou, alcançando mais de 10,2 milhões de visualizações e recebendo milhares de comentários. Muitos usuários condenaram Trump por sua retórica, considerando-a uma tentativa de revisionismo histórico.
Reações divergentes na internet
Um internauta afirmou que Trump “está maluco” e defendeu que a história da escravidão seja ensinada “de forma contínua”.
Outro tuitador descreveu a publicação de Trump como “retórica pró-escravidão”, enquanto vários criticaram a ideia de apagar esse capítulo doloroso da história, acusando o ex-presidente de tentar “reescrever o passado”.
Representantes políticos também se manifestaram. O deputado Jim McGovern aconselhou Trump a “passar mais tempo em um museu”, enquanto o governador Gavin Newsom afirmou que o ex-presidente tenta “apagar” a escravidão da memória coletiva.
Contradições e debates americanos
Questionamentos surgiram sobre por que alguns defensores de certos símbolos confederados insistem em preservar a bandeira confederada e retratos de generais que lutaram contra a União, enquanto rejeitam o ensino da brutalidade da escravidão.
“Por que quem quer apagar a história da escravidão insiste em preservar a bandeira confederada?”, questionou um usuário na rede social.
Perspectivas futuras e impacto na narrativa histórica
Especialistas afirmam que a postura de Trump reflete uma tendência de resistência ao esclarecimento de fatos históricos dolorosos, uma tentativa de reescrever a narrativa para agradar uma base que rejeita o reconhecimento de seus erros históricos.
A discussão permanece acalorada, com defensores do ensino da história completa argumentando que compreender o passado é fundamental para evitar repetições e promover uma sociedade mais igualitária.