Brasil, 21 de agosto de 2025
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Dólar recua e bolsa mantém leve recuperação após tensões internacionais

O dólar caiu para R$ 5,473 nesta quarta-feira, enquanto o Ibovespa fechou acima de 134 mil pontos, em um dia marcado por incertezas globais

O mercado financeiro brasileiro registrou uma sessão de correção nesta quarta-feira (20), com o dólar comercial encerrando o dia a R$ 5,473, uma redução de R$ 0,026 (-0,48%). A moeda chegou a sua mínima do dia, R$ 5,46, por volta das 14h, após intensos movimentos de alta nas últimas sessões.

Mercado interno e cenário internacional

Apesar da oscilação, o dólar caiu 2,28% em agosto e acumula uma desvalorização de 11,44% em 2025, reflexo da alta dos preços do petróleo e das expectativas de corte de juros nos Estados Unidos, impulsionadas por novas ofensivas do governo Trump contra o Banco Central estadunidense (Veja mais sobre a Lei Magnitsky).

A valorização do petróleo no mercado internacional beneficiou as moedas de países emergentes, como o real, que ganhou força diante do cenário global. Ainda assim, as declarações do ministro do STF, Alexandre de Moraes, provocaram volatilidade, ao afirmar que os bancos brasileiros podem ser punidos se aplicarem sanções dos EUA.

Dentro do Brasil, as tensões aumentaram após a decisão do ministro do STF, Flávio Dino, que condicionou o cumprimento de leis estrangeiras à aprovação da Justiça brasileira. Essa decisão, que inicialmente gerou forte impacto, pode limitar a aplicação automática de sanções internacionais, como o bloqueio de bens e contas sob jurisdição americana, principalmente no contexto das ações contra o magistrado.

Reação dos mercados e comentários oficiais

O índice Ibovespa encerrou às 134.666 pontos, uma alta de 0,17%, contudo, manteve-se abaixo dos 135 mil pontos. As ações de bancos, que sofreram forte queda na véspera, recuperaram parte das perdas, embora sem retornar aos patamares anteriores.

Em meio às oscilações, o ministro Dino afirmou que a queda da Bolsa na terça-feira (19) não tem relação com as questões de leis estrangeiras, reforçando que a influência do cenário externo foi uma trajetória natural de ajuste.

“Eu proferi uma decisão ontem. Essa que dizem que derrubou os mercados. Não sabia que eu era tão poderoso, R$ 42 bilhões de especulação financeira. A sorte é que a velhice ensina a não se impressionar com pouca coisa. É claro que uma coisa não tem nada a ver com a outra”, afirmou Dino, em tom de brincadeira, dando o tom da atmosfera de apreensão e incerteza que permeia o mercado.

Conforme destaca a Agência Brasil, as tensões entre sanções internacionais e o entendimento judicial brasileiro continuam a influenciar a dinâmica dos ativos financeiros, mesmo diante de sinais de recuperação na Bolsa e na moeda americana.

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