Numa denúncia alarmante, Swalane Torres, mãe de um menino autista de 6 anos, relatou situações de negligência na Escola Municipal Ambiental 15 de Outubro, em Teresina. Em um vídeo divulgado nas redes sociais, Swalane mostrou seu filho isolado em uma área externa da escola, sozinho e sem a supervisão de um adulto. “Ao buscar meu filho, o encontrei entre grades, sem ninguém por perto”, disse a mãe, que já havia registrado dois boletins de ocorrência contra a escola por essa falta de cuidado.
O que aconteceu?
Na última terça-feira (19), Swalane compartilhou o vídeo capturado na segunda-feira (18), onde seu filho pode ser visto sozinho em um espaço cercado. Enquanto isso, outras crianças estavam dentro do refeitório, sob a supervisão de funcionários. A situação foi imediatamente enfatizada nas redes sociais, gerando uma onda de indignação e empatia entre os internautas.
O diretor da escola, Adson Holanda, justificou que o menino estava na área externa se divertindo, mas a mãe não aceitou essa explicação. “Essa não é a primeira ocorrência. Em 2025, já registrei duas ocorrências. Na primeira vez, encontrei meu filho passando mal, sentado sozinho em uma cadeira, sem conseguir falar ou andar”, relatou Swalane, preocupada com o bem-estar do filho e a falta de suporte adequado na escola.
Resposta da Secretaria Municipal de Educação (Semec)
A Secretaria Municipal de Educação analisou as imagens das câmeras de segurança e declarou que não encontrou evidências que comprovassem a situação denunciada por Swalane. O órgão afirmou que todas as medidas necessárias foram tomadas para garantir a segurança e bem-estar das crianças. Entretanto, a mãe contesta essa afirmação, já que desde o começo do ano, ela vem tentando garantir que seu filho tenha um acompanhante na escola, conforme recomendado por laudo médico que entregou à direção.
Requerimentos não atendidos
Apesar de ter fornecido a documentação necessária, Swalane relatou que o acompanhante prometido não apareceu na escola. “Eles pediram o laudo, eu entreguei, mas até agora nenhum acompanhante apareceu na escola”, comentou. Essa falta de atendimento às necessidades especiais é um problema recorrente que gera preocupações sobre a inclusão e a adequação das escolas públicas para alunos com deficiências.
A luta pela inclusão escolar
Casos como o de Swalane são emblemáticos e evidenciam a necessidade urgente de um olhar mais atento para as questões envolvendo a inclusão de alunos com necessidades especiais nas escolas brasileiras. A inclusão não deve ser apenas uma palavra de ordem, mas deve se traduzir em ações concretas que garantam o direito ao aprendizado e a proteção de todos os alunos.
O incidente gerou um debate sobre o papel das escolas na supervisão de alunos com necessidades especiais e a importância de garantir que todos tenham um ambiente seguro e inclusivo para se desenvolverem. Comunidades e pais continuam a demandar soluções e melhorias em práticas educacionais e em políticas públicas relacionadas à inclusão escolar.
Futuro da Inclusão nas Escolas
As questões levantadas por Swalane e sua luta pelo direito do filho à educação foram recebidas com apoio por muitos, que se solidarizaram com a família. A esperança é que a situação não apenas atenda as necessidades do menino, mas também funcione como um catalisador para promover mudanças significativas nas políticas educacionais e nas práticas de inclusão nas escolas brasileiras.
A sociedade clama por um compromisso sério das instituições educacionais para que casos como esse não se repitam, garantindo assim que todos os alunos, independente de suas necessidades, possam frequentar a escola de forma segura, respeitosa e digna.
Com voz ativa, Swalane Torres mostra que a luta pela inclusão e pelo respeito aos direitos existentes deve continuar, para que cada criança tenha o apoio que precisa e merece dentro de um ambiente escolar.