A leishmainiose, também conhecida como calazar, é uma doença infecciosa grave que pode afetar tanto os animais quanto os seres humanos. É causada por protozoários do gênero Leishmania e transmitida pela picada da fêmea do inseto conhecido como mosquito-palha (Lutzomyia longipalpis). A doença pode ser fatal se não tratada, por isso a atenção aos sintomas e a prevenção são fundamentais.
A professora de Medicina Veterinária da Unifacid Wyden, Emanuelle Frota, explica que a transmissão acontece quando o mosquito pica um cão infectado, ingere o parasita, e depois pica outro cão ou uma pessoa, transmitindo a doença.
“É importante destacar que a doença não é transmitida diretamente de um animal para outro nem de animal para pessoa, a presença do mosquito é sempre necessária para que ocorra a infecção”, acrescenta.
Nos seres humanos, os principais sintomas do calazar incluem febre de longa duração, perda de peso, fraqueza, anemia e aumento do fígado e baço. Nos cães, a doença costuma ser silenciosa por muito tempo, mas provoca alterações graves no sistema imunológico e em diversos órgãos.
Emanuelle Frota, médica veterinária da Unifacid Wyden, reforça sobre o tratamento adequado, após o diagnóstico.
“Existe tratamento disponibilizado pelo SUS, que pode controlar e eliminar a infecção, especialmente se iniciado precocemente. Em cães, não existe cura no sentido de eliminação total do parasita, mas há medicamentos que reduzem a carga parasitária e controlam os sintomas, melhorando a qualidade de vida e diminuindo a transmissão”, informa a professora.
A prevenção é a melhor forma de combater a doença. Medidas simples podem reduzir os riscos, como utilizar coleiras repelentes em cães, evitar a exposição em locais com muitos mosquitos, manter espaços abertos limpos para não favorecer a proliferação do inseto e procurar atendimento médico diante de sintomas suspeitos, conforme orienta a especialista.
“A leishmaniose é uma doença grave, mas que pode ser controlada com prevenção e diagnóstico precoce. Quanto mais cedo for identificada e tratada, maiores são as chances de recuperação e menores os riscos de complicações”
Com informações da Ascom