Uma situação preocupante e que reflete a falta de atenção dos serviços públicos está afetando a vida de Maria José, uma idosa residente em Samambaia, no Distrito Federal. Desde maio, a família enfrenta uma série de transtornos provocados por um buraco deixado pela Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) em sua casa. Este problema não apenas comprometeu a infraestrutura da residência, mas trouxe à tona questões mais amplas sobre o papel das empresas públicas em atender as necessidades básicas de seus cidadãos.
Contexto da situação
A situação começou quando a idosa decidiu construir uma casa para sua filha no fundo de seu terreno. Durante a construção, um pedreiro se deparou com um cano da Caesb que passava por baixo da moradia, constatando que estava entupido e vazando. Após a intervenção da companhia, o cano foi desobstruído, mas os problemas estavam longe de ser solucionados. A equipe da Caesb não retornou para finalizar o serviço, deixando um buraco na casa de Maria José que persiste por aproximadamente quatro meses.
De acordo com relatos da própria Maria José, o buraco causou sérios inconvenientes. “Não posso deixar nenhuma janela aberta, pois tenho medo que os ratos entrem na casa”, desabafou a idosa. Além disso, a construção da casa da filha ficou parada devido à falta de água, um problema que perdura há dois meses e afeta não apenas a rotina familiar, mas também a saúde e o bem-estar dos moradores.
Reclamações e promessas não cumpridas
A filha de Maria José, em busca de uma solução, abriu um chamado na Caesb, que prometeu resolver o caso dentro de 30 dias úteis. Contudo, o prazo expirou no dia 8 de agosto e, mesmo diante das promessas feitas, a situação continuou sem solução. A Caesb alegou que, devido à complexidade da situação, não conseguiram cumprir o prazo estabelecido.
“A situação é completamente insustentável. Estou sem conseguir fazer atividades simples, como preparar um café para as visitas”, diz Maria José, ressaltando o impacto negativo que a falta de resposta da Caesb teve na vida diária da família.
Intervenção da mídia e resposta da Caesb
Nesta terça-feira (19), após a repercussão do caso na TV Globo, a Caesb enviou um funcionário ao local para verificar a situação. Durante a visita, o funcionário conversou com Maria José e prometeu que uma equipe retornaria na quarta-feira (20) para finalizar o serviço e cobrir o buraco deixado. “Isso é fácil de resolver, pode ficar tranquila”, foi a afirmação do representante da empresa.
A crescente insatisfação com a Caesb
Casos como o de Maria José estão se tornando cada vez mais comuns no Distrito Federal, levando a um aumento nas reclamações e pedidos feitos à Caesb. A falta de infraestrutura adequada e a lenta resposta aos chamados emergenciais revelam um padrão preocupante de negligência, que se reflete na vida de muitos cidadãos. O exemplo da idosa é apenas mais um retrato das dificuldades enfrentadas por moradores que dependem dos serviços públicos para manter suas vidas em funcionamento.
Enquanto a história de Maria José continua a se desenrolar, a esperança é de que ações rápidas e eficientes sejam tomadas para resolver não apenas o seu problema específico, mas também o de muitos outros que se encontram em situações semelhantes.
Este é um lembrete de que a responsabilidade de cuidar da população não deve ser negligenciada, e que cada buraco aberto representa não apenas um problema de saneamento, mas um desafio à dignidade e à qualidade de vida de quem habita essa cidade.
Para atualizações sobre a situação em Samambaia e outros eventos relacionados, acompanhe as notícias pelo G1.
Buraco deixado pela Caesb em casa de idosa em Samambaia, no DF.
