Com a quantidade crescente de conteúdo de true crime nas plataformas de streaming, é difícil escolher quais casos merecem uma produção jornalística aprofundada. Entre assassinatos brutais, desaparecimentos enigmáticos e crimes que permanecem sem solução, esses sete casos revelam detalhes assustadores e repletos de surpresas, capazes de fazer qualquer um ficar vidrado, esperando o próximo episódio.
O caso do au pair, o affair, dois assassinatos e três armas do crime
Em fevereiro de 2023, uma tragédia na Washington, D.C., abalou uma família abastada. A esposa, Christine Banfield, foi encontrada mortalmente ferida, enquanto seu marido, Brendan, um agente especial do IRS, matou um estranho na mesma residência. O caso ficou mais estranho quando se descobriu que Christine e o estranho, Joseph Ryan, tinham uma relação extraconjugal planejada via um site de fetiches.
As investigações revelaram que a esposa de Brendan foi morta após uma discussão acalorada que culminou em múltvas facadas. Brendan afirmou ter atirado no invasor com a arma de serviço após um confronto, enquanto a amante do casal assumiu o disparo fatal na acusação de homicídio na segunda fase do processo. A narrativa se complicou ainda mais ao descobrir mensagens trocadas no computador de Christine, que indicavam a tentativa de atrair Ryan para a casa.
Peres Magalhaes, a au pair de 24 anos, foi presa e confessou o tiro que matou Ryan, sendo condenada a até 10 anos de prisão. Brendan, por sua vez, foi indiciado por homicídio qualificado e aguarda julgamento, com previsão de sentença para dezembro. O caso segue repleto de detalhes sinistros e reviravoltas jurídicas.
O mistério do desaparecimento da menina Asha Degree
Em 2000, Asha Degree, de apenas 9 anos, saiu de casa numa madrugada chuvosa, carregando apenas uma mochila com roupas e um pato de pelúcia, e desapareceu sem deixar pistas. Apesar de descritas várias testemunhas alegando tê-la visto caminhando perto de uma rodovia, ela nunca foi encontrada.
Mais de duas décadas depois, uma mochila de Asha foi localizada a 40 km de sua casa, em condições surpreendentemente preservadas, contendo objetos que não pertenciam a ela. Investigações revelaram ligações possíveis com uma família local, e testemunhas indicaram a presença de um carro verde dos anos 70 na manhã do desaparecimento. Apesar dos avanços, a polícia ainda não arrestou suspeitos, e a jovem continua como uma das maiores incógnitas do true crime norte-americano.
O assassinato do estudante Cara Knott e a trajetória do policial Geoffrey Peyer
Nos anos 80, a estudante Cara Knott desapareceu após uma noite que terminou na ponte do condado de San Diego. O policial Craig Peyer, encarregado de uma operação de rotina, foi posteriormente condenado pelo assassinato dela após evidências de seu envolvimento surgirem, incluindo fibras, sangue e uma corda encontrada em seu carro. Uma investigação revelou que Peyer havia marcado encontros com várias jovens na mesma região, muitas semelhantes a Cara, aumentando as suspeitas.
Após uma segunda sentença, Peyer foi condenado a prisão perpétua. A história ganhou força na mídia por sua complexidade e pela traição da confiança pública, além de marcar a tragédia da morte de Cara como uma das mais emblemáticas na história policial californiana.
O caso da suspeita de assassinato da mãe Suzanne Morphew
Em 2020, Suzanne Morphew desapareceu em Colorado, em um domingo de mãe. Após anos de investigações, seu marido, Barry Morphew, foi preso por homicídio com evidências de uso de tranquilizantes animais, como o BAM, já encontrado em seu corpo após sua morte meses depois. A descoberta reforçou as suspeitas de que Barry, que negou envolvimento, tinha motivos obscuros para sumir com a esposa.
O caso promete mais revelações, após o corpo de Suzanne ser encontrado em uma área remota e a autópsia indicar homicídio. Barry enfrenta julgamento e nega todas as acusações, enquanto o mistério envolvendo seu convívio com uma amante e suas ações no dia do desaparecimento ainda permeia o interesse público.
O crime sombrio na história de Frank Lloyd Wright
Em 1914, uma tragédia destruiu a residência do famoso arquiteto Frank Lloyd Wright. Um homem, Julian Carlton, invadiu a casa com um machado, assassinando toda a família Miyazawa — incluindo crianças — e incendiando o local. A motivação do ataque foi e ainda é um mistério, embora teorias sugiram que um conflito racial, somado a uma crise mental, tenha desencadeado o massacre.
Queimando-se após a chacina, Carlton desapareceu por seis semanas, durante as quais sua motivação permanece incerta. Ainda hoje, o episódio é considerado um dos crimes mais brutais da história da arquitetura, e sua resolução permanece um dos maiores enigmas do true crime norte-americano.
Os assassinatos não resolvidos na família Setagaya, no Japão
Considerado um dos crimes mais chocantes do Japão, em 2000, membros de uma família foram brutalmente mortos enquanto dormiam na casa de Setagaya, Tóquio. Apesar de evidências que incluem DNA, impressões digitais e vestígios no local, o assassino nunca foi identificado. Teorias apontam para um estrangeiro, possivelmente coreano ou chinês, devido ao perfil genético e objetos deixados na cena.
O caso, até hoje, não tem solução, alimentando debates sobre segurança e investigação de crimes complexos no país. A vila permanece imersa no mistério, que assombra a sociedade japonesa quase 25 anos após o massacre.
As últimas horas do massacre de Taliesin, obra de Frank Lloyd Wright
Outro episódio macabro cerca o próprio criador da residência Taliesin, que em 1914 foi palco de um massacre realizado por Julian Carlton. As motivações por trás do ataque, considerado racista e mentalmente instável, ainda suscitam análises e debates históricos, consolidando a tragédia como um dos episódios mais perturbadores do legado do arquiteto.
Os crimes deixaram uma marca profunda na história da arquitetura e do true crime, evidenciando que algumas histórias sombrias nunca encontram uma explicação definitiva.
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