Um incidente alarmante foi registrado na Praia de Ipanema, Rio de Janeiro, onde um turista inglês, Mihailo Petrovic, de 21 anos, foi dopado e furtado após consumir caipirinhas com um grupo de mulheres. Os detalhes desse crime são chocantes e têm atraído a atenção da mídia e das autoridades, especialmente por envolver uma prática criminosa conhecida como “Boa Noite, Cinderela”. O caso ilustra os riscos enfrentados por turistas em grandes cidades brasileiras e levanta questões sobre segurança pública.
Vídeo crucial no inquérito policial
O inquérito policial da Delegacia de Atendimento ao Turista (Deat) contém um vídeo essencial que foi obtido exclusivamente pelo g1. As imagens mostram Mihailo bebendo uma caipirinha momentos antes de ser dopado. O vídeo foi cedido pela própria vítima e se tornou uma peça chave para a investigação. Segundo o que foi revelado, Mihailo e um amigo conheceram três mulheres durante um evento na Lapa e, após consumirem bebidas juntos, decidiram compartilhar um táxi em direção à Praia de Ipanema.
O golpe do ‘Boa Noite, Cinderela’
O golpe que Mihailo sofreu é bastante conhecido, onde criminosos dopam suas vítimas, geralmente em ambientes festivos, e em seguida furtam seus pertences. No caso de Mihailo, ele parecia tranquilo e estava em boa companhia quando ingeriu uma bebida oferecida por uma das suspeitas. Quando chegou em Ipanema, além da caipirinha, ele ingeriu outra bebida que o fez perder a consciência. Horas depois, ele acordou em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em Copacabana, sem seu celular e sem lembrar do que aconteceu.
As mulheres, identificadas como Amanda Couto Deloca, Mayara Ketelyn Américo da Silva e Raiane Campos de Oliveira, foram associadas ao caso através de depoimentos e vídeos registrados por testemunhas. Os registros são claros e ajudam a polícia a mapear a frequência e o padrão pelo qual a quadrilha age, que também fez vítimas de diversos países.
Consequências legais e segurança para turistas
A defesa das acusadas argumenta que as evidências não comprovam a dopagem ou a autoria do furto, porém a Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro consideram as provas suficientemente robustas. O juiz encarregado do caso, Carlos Eduardo Carvalho de Figueiredo, enfatizou a periculosidade das ações criminosas, destacando que a segurança pública precisa ser garantida. Como resultado, as mulheres foram pronunciadas e a Justiça decretou a prisão preventiva delas.
Diante de tal situação, o Disque Denúncia do Rio de Janeiro lançou um apelo público para captar informações sobre as foragidas e sua localização. A campanha visa não somente a captura das suspeitas, mas também a conscientização dos turistas que visitam a cidade, orientando-os sobre como se proteger melhor em ambientes festivos e movimentados.
Gritos de alerta para turistas no Rio
O caso de Mihailo é uma lembrança sombria da vulnerabilidade que muitos turistas enfrentam em suas viagens. As autoridades estão alertando os visitantes sobre a importância da precaução, sugerindo visitas a locais públicos bem iluminados e a evitação de interações com estranhos que se mostram excessivamente amigáveis. O chamado à ação também inclui fatores como a vigilância sobre pertences e a consciência acerca da ingestão de bebidas em ambientes sociais.
Neste cenário, a colaboração entre turistas e autoridades locais é vital para prevenir crimes semelhantes. As denúncias e informações sobre qualquer atividade suspeita podem ser reportadas pelo Disque Denúncia, que mantém um protocolo de atendimento apropriado, assegurando que as informações recebidas sejam tratadas com confidencialidade e cuidado.
À medida que o Rio de Janeiro continua a ser um atrativo turístico, é essencial que tanto os visitantes quanto os residentes colaborem para criar um ambiente mais seguro para todos.
O caso de Mihailo, como tantos outros, ilumina a necessidade de vigilância e conscientização em viagens, especialmente em áreas conhecidas por sua agitação e vida noturna vibrante.
