Ao assumir a presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Samir Xaud encontrou um dilema inesperado e urgente: a criação de uma camisa vermelha para a seleção brasileira. A revelação de que a fornecedora Nike estava desenvolvendo uma peça dessa cor gerou um verdadeiro debate público, com muitos adeptos alegando que o novo uniforme poderia trazer conotações políticas indesejadas. Frente a essa situação, Xaud não hesitou e promoveu uma reunião de emergência com a empresa para interromper a produção do item.
A controvérsia em torno da cor vermelha
Em entrevista ao podcast “Toca e Passa”, do O GLOBO, Samir Xaud expressou sua surpresa ao saber sobre a camisa: “Não cheguei a ver a camisa, não, mas quando me falaram, fiquei surpreso. Até porque o vermelho não tem nem nas cores da bandeira do Brasil.” A afirmação reafirma a conexão histórica e emocional do povo brasileiro com as cores tradicionais: verde, amarelo, azul e branca.
Xaud ressaltou que muitos interpretaram a adição do vermelho como um ato político. Porém, o presidente da CBF defendeu sua visão focando no patriotismo e na importância de manter a identidade visual da seleção nacional. “Eu acho que esse símbolo não pode ser perdido, essa conexão do brasileiro com as cores da bandeira”, afirmou, enfatizando sua determinação em manter a integridade do uniforme da seleção.
Decisão rápida para preservar as tradições
Samir Xaud compartilhou que sua decisão de pedir a suspensão da produção foi rápida: “Conversei com toda engenharia que estava por trás [da camisa] e pedi realmente para que fossem paradas as máquinas. Falei que as cores da camisa são amarela, verde, azul e branca. Temos que manter esse patriotismo pela bandeira do Brasil e não por política.”
Essa declaração ilustra a preocupação do novo dirigente em evitar que o símbolo máximo do futebol brasileiro se tornasse um alvo de discussões políticas, mantendo assim a pureza do esporte e de sua representação nacional.
Novas camisas para o Mundial de 2026
Na semana passada, o site especializado em uniformes esportivos Footy Headlines divulgou detalhes sobre as novas camisas da seleção brasileira que serão utilizadas na Copa do Mundo de 2026. O tradicional uniforme amarelo, que já é um símbolo da Seleção, será mantido como camisa número 1. Além disso, a camisa número 2 permanecerá na cor azul, mas com algumas recortes que prometem inovar.
Uma das principais mudanças será a adoção de um novo tom de amarelo, que será mais fechado, ao lado de detalhes em um verde mais próximo do verde água e um azul atualizado. Para a camisa 2, além do azul predominante, detalhes em preto e amarelo darão um novo charme ao uniforme.
A importância da identidade da seleção
A questão das cores e da identidade visual da seleção brasileira é um tema sensível, pois vai além do esporte, envolvendo simbolismos que representam a nação. A decisão de Xaud em manter as cores nacionais reafirma a intenção de preservar a tradição que impulsiona o amor e a paixão dos torcedores pelo Brasil em competições internacionais.
Assim, a nova gestão da CBF se mostra comprometida com a história do futebol brasileiro, ao mesmo tempo que introduz inovações necessárias para acompanhar as tendências e o gosto do público. Essa combinação é essencial para enfrentar os desafios que o esporte traz, mostrando que a tradição e a modernidade podem coexistir.
Para saber mais sobre a visão de Samir Xaud e o futuro da seleção brasileira, assista ao podcast completo “Toca e Passa” no vídeo abaixo.
Assista ao Toca e Passa com Samir Xaud:
Esse episódio nos leva a refletir sobre como as vestimentas de uma seleção esportiva podem carregar, além de um simbolismo temporal, uma identidade cultural que transcende o campo.