Brasil, 19 de agosto de 2025
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Resistências internas dificultam candidatura de Sérgio Moro no Paraná

Sérgio Moro busca apoio para sua candidatura ao governo do Paraná em 2026, mas enfrenta desafios dentro do União Brasil e alianças locais.

A pré-candidatura de Sérgio Moro ao governo do Paraná, nas eleições de 2026, continua a ser vista com otimismo por alguns setores, mas enfrenta uma série de obstáculos. O senador, que se destaca nas pesquisas de intenção de voto, está lidando com resistências dentro do próprio partido, o União Brasil, enquanto busca consolidar apoios políticos necessários para sua campanha. O ex-juiz da Lava-Jato se depara com a articulação do atual governador, Ratinho Júnior (PSD), que também tem planos de sucesso nas eleições.

Desafios na articulação política

Moro tem se movido rapidamente em direção à direção nacional do Republicanos para conseguir apoio para sua candidatura. No entanto, ele se depara com um cenário complexo: o partido está alinhado com Ratinho Júnior, que está mirando na presidência da República e busca articular a vice na chapa. Isso faz com que a legenda mantenha lealdade a Alexandre Curi (PSD), presidente da Assembleia Legislativa e potencial candidato ao governo estadual.

“Tenho recebido manifestações de apoio de muitas lideranças políticas e empresariais de todo o estado e, em razão disso, manifestei a minha vontade de disputar a eleição para o governo”, afirmou Moro, que ainda precisa da aprovação de seu partido para avançar em sua candidatura.

Candidatos em ascensão

Além de Moro, outros nomes estão emergindo como potenciais candidatos ao governo do Paraná. Guto Silva (PSD), que ocupou a Casa Civil durante o governo de Ratinho, e o ex-prefeito de Curitiba, Rafael Greca (PSD), têm demonstrado interesse em disputar a eleição. Greca, que recentemente assumiu a Secretaria de Desenvolvimento Sustentável, também sinalizou sua intenção de concorrer enquanto Ratinho faz suas articulações para definir a estratégia eleitoral.

A decisão sobre o candidato a governador do PSD deverá ser tomada em abril do próximo ano, o que deixa um longo caminho pela frente para a definição das candidaturas. O envolvimento de líderes políticos e empresários já está em andamento, e a pressão para unir forças e decidir sobre quem irá encabeçar a chapa está crescendo.

Conflitos de liderança dentro do União Brasil

Apesar de ter o suporte do presidente nacional do União Brasil, Antonio Rueda, Moro já se confrontou com colegas de partido que discordaram de suas decisões e estratégias. No ano anterior, ele não viu suas propostas para mudanças nos diretórios municipais do partido serem aceitas, o que gerou atritos significativos. Um exemplo foi o rompimento com Ney Leprevost, o candidato apoiado por Moro à prefeitura de Curitiba, que o acusou de traição.

A chegada de Moro ao partido em 2022 foi marcada por tensões, já que ele iniciou sua trajetória política como candidato à presidência pelo Podemos, antes de mudar para o União Brasil e se candidatar ao Senado. Essa transição foi muito criticada e ele enfrentou um processo de cassação que foi eventualmente negado, permitindo que continuasse sua carreira política.

Moro como favorito nas pesquisas

A despeito das dificuldades enfrentadas, Moro se destaca nas pesquisas de intenção de voto. Uma pesquisa realizada pela Quaest mostrou que ele detém 30% das intenções, enquanto seus concorrentes não chegam a 20% cada um. “A preferência pelo meu nome reflete a confiança no meu trabalho no passado, no presente e no futuro, bem como o repúdio ao governo Lula, do qual sou o principal opositor no Paraná”, disse Moro.

Se decidir avançar com sua candidatura, o senador acredita que “vamos fazer do estado um exemplo e um modelo para o país”. O caminho à frente, no entanto, está repleto de desafios políticos e alianças a serem navegadas em um ambiente de alta competitividade.

Com as eleições de 2026 se aproximando, o cenário paranaense permanece incerto, com a dinâmica política em constante mudança. Moro precisará não apenas conquistar o apoio do seu partido, mas também solidificar alianças cruciais que possam garantir sua viabilidade nas urnas. O monitoramento e análise das movimentações políticas no estado são essenciais para entender o futuro das candidaturas que surgir.

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