Na madrugada de segunda-feira, Vladimir Putin despistou a chamada do governo dos Estados Unidos sobre propostas de paz na Ucrânia, demonstrando resistência às tentativas de diálogo direto. Após horas de reunião entre Trump, Zelensky e líderes europeus, o Kremlin enviou uma resposta ambígua, sugerindo apenas “explorar a possibilidade de elevar o nível de representantes” nas negociações futuras, sem aceitar um encontro oficial.
Resposta russa e postura de guerra
Ao longo do dia, Moscou reforçou sua estratégia de diplomacia de ameaças e demandas, evitando avanços concretos. A questão central abordada na conversa com Trump—quem garantiria a paz e por quais meios—gerou tensões, especialmente após o presidente americano oferecer apoio “à moda da OTAN” para defender a Ucrânia em caso de futuras invasões.
Compromisso de segurança e reação de Moscou
Durante a coletiva, Trump afirmou que buscava garantir “proteções muito boas” para a Ucrânia, alinhando-se às expectativas de Zelensky, que há tempos reivindica garantias explícitas de defesa internacional. Contudo, a resposta de Moscou foi severa, alertando que qualquer envolvimento de tropas da OTAN poderia levar a “uma escalada descontrolada do conflito” e consequências imprevisíveis, dificultando avanços rumo à paz.
Futuro das negociações
Ao final do dia, após mais de cinco horas de reuniões com líderes europeus, Trump afirmou estar “começando a organizar uma reunião” entre Putin e Zelensky. No entanto, não houve confirmação de que Putin tenha aceitado participar dessas negociações ou demonstrado disposição clara para dialogar.
Quanto às garantias de segurança para a Ucrânia — ponto crucial para Zelensky — os comentários de Trump se tornaram mais cautelosos, mencionando que “os garantidores seriam países europeus, em coordenação com os EUA”, contrastando com sua proposta inicial de uma “garantia semelhante à da Otan”.
Perspectivas e obstáculos para a paz
A postura de Moscou evidencia que, no momento, as negociações continuam travadas por posições inflexíveis e estratégias de esperar para avançar. Analistas avaliam que a resistência de Putin reforça a dificuldade de alcançar uma solução pacífica e duradoura para a guerra, que já se arrasta há mais de um ano.
Especialistas também alertam para o risco de que a postura russa de ameaças e demora possa perpetuar o conflito, dificultando o progresso diplomático enquanto os combates continuam na Ucrânia.