Brasil, 19 de agosto de 2025
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Perseguição religiosa cresce no mundo e preocupa especialistas

Relatório anual revela a deterioração da liberdade religiosa em várias regiões do mundo, aumentando a necessidade de conscientização.

No dia 22 de agosto, o “Dia Internacional em Memória das Vítimas de Atos de Violência Baseados em Religião ou Crença” serve como um alerta sobre o aumento da perseguição religiosa ao redor do globo. Marta Petrosillo, editora-chefe do Relatório de Liberdade Religiosa no Mundo (RLR), enfatiza a importância desse dia e as conclusões alarmantes que serão apresentadas na edição de 2025 da pesquisa, organizada pela Ajuda à Igreja que Sofre (ACN).

O crescimento da perseguição religiosa

A perseguição religiosa pode ser classificada em três categorias principais: aquela perpetrada por Estados, o extremismo religioso, como o oferecido por grupos jihadistas, e a causada pelo nacionalismo étnico-religioso. Infelizmente, a realidade desses tipos de violência está se tornando cada vez mais comum, especialmente em regiões como a África, onde o extremismo cresceu exponencialmente nas últimas décadas.

Marta destaca que, desde o lançamento do RLR, em 1999, houve uma significativa deterioração da liberdade religiosa em vários países, com especial ênfase na África. Onde antes as relações inter-religiosas eram pacíficas, como na República Democrática do Congo, agora vemos um aumento dramático de ataques a comunidades cristãs. Não é apenas um ou dois incidentes isolados; trata-se de um padrão que se alastra por diversas nações do continente.

As lições do Relatório de Liberdade Religiosa no Mundo

O Relatório de Liberdade Religiosa no Mundo, que será lançado no Brasil em 23 de outubro, se tornou uma ferramenta crucial para aumentar a conscientização sobre os desafios enfrentados por aqueles que sofrem em função de suas crenças. A cada edição, os dados mostram uma tendência preocupante, com aumentos de tensão e violência religiosa em diversas regiões, incluindo a Ásia e o Oriente Médio. “Se a liberdade religiosa é negada a um grupo, isso inevitavelmente prejudica outros”, explica Marta.

O relatório também reflete a situação no Ocidente, onde temos presenciado um aumento de vandalismo contra igrejas e um crescimento do antissemitismo e de atitudes anti-islâmicas, especialmente em resposta a tensões globais, como o conflito em Gaza. Essas ações destacam uma necessidade urgente de melhor entendimento e respeito mútuo entre diferentes crenças e culturas.

A necessidade de conscientização e apoio

“Muitas vezes, para aqueles que não vivenciam isso de perto, a ideia de sofrer perseguição religiosa pode parecer absurda. Porém, na realidade, centenas de milhões de pessoas ao redor do mundo enfrentam essa dura realidade”, afirma Marta. Isso ressalta a importância de ter um dia dedicado a vítimas de violência religiosa, não apenas para lembrar, mas também para educar e conscientizar.

As pessoas são incentivadas a se tornarem portadoras da mensagem do relatório, espalhando a informação em seus círculos pessoais e profissionais. O simples ato de compartilhar e discutir essas experiências é um passo fundamental para trazer as questões de perseguição religiosa à luz pública. Além disso, Marta ressalta que o apoio em forma de oração e ajuda material é igualmente vital.

Sobre a Ajuda à Igreja que Sofre

A ACN, fundada em 1947, é uma Fundação Pontifícia que tem como missão apoiar a Igreja em situações de perseguição, opressão e necessidade. Com uma atuação em mais de 130 países, a fundação promove diversos projetos, que incluem a formação de seminaristas, a impressão de Bíblias e a assistência a refugiados. A ACN se dedica a garantir que a liberdade religiosa seja um direito universal, assegurando que ninguém sofra em função de sua crença.

O relato da Marta e o edital do relatório são um chamado a todos: para que façamos a nossa parte, que é não apenas reconhecer essa realidade, mas também agir, informando e apoiando aqueles que não têm voz. A luta pela liberdade religiosa continua, e todos têm um papel a desempenhar.

Leia mais sobre o relatório e a ACN.

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