Brasil, 21 de agosto de 2025
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Orquestra embala clássico do suspense em cinema especial em Bauru

No dia 14 de agosto, Bauru (SP) foi cenário de um encontro marcante entre o clássico e o inovador, com a apresentação do Cine Concerto promovido pelo Sesc. O evento trouxe ao palco do Teatro Municipal o icônico filme “Psicose” (1960), de Alfred Hitchcock, acompanhado ao vivo pela talentosa Orquestra Almai, de São Paulo. A combinação da narrativa tensa e a trilha sonora intensa de Bernard Herrmann proporcionou ao público uma experiência imersiva única.

O impacto do cine concerto

A história de Marion Crane, que rouba 40 mil dólares e se refugia em um hotel de beira de estrada, gerenciado pelo enigmático Norman Bates, já era conhecida pelo público. Contudo, a intensa trilha sonora do filme, considerada um dos pilares do terror psicológico, ganhou nova vida com a interpretação ao vivo da orquestra. O diretor e idealizador do projeto, Anselmo Mancini, tem pesquisado por mais de uma década o formato de exibição de filmes com trilha sonora ao vivo, e destaca a importância desse tipo de experiência para atrair também novos públicos.

“Jamais um filme como ‘Psicose’ iria lotar um cinema como hoje, que temos um teatro lotado justamente pela experiência ao vivo”, afirmou Mancini. Ele explicou que a execução da trilha requer uma sincronização meticulosa com o filme, utilizando tecnologia que permite aos músicos acompanhar os tempos exatos em que a música deve ser tocada.

Reencontro com a cultura

A sessão de “Psicose” marcou o retorno do Teatro Municipal “Celina Lourdes Alves Neves” à sua função como um importante espaço cultural em Bauru, após um longo período de reformas. Com a sala cheia, a diversidade de espectadores, desde pessoas com mais de 60 anos até os jovens, destacou a relevância deste tipo de evento para fomentar a cultura local.

A animadora cultural Etiene Amaro ressaltou a importância de iniciativas como essa: “O Sesc Bauru tem pensado em mostras de cinema sempre temáticas, combinando música e cinema de maneiras inovadoras”. Para o público, como a musicista Giovana Contador, o espetáculo foi memorable: “É um primor o Sesc trazer esse espetáculo para Bauru”, comentou ela, exaltando a importância da trilha sonora na experiência cinematográfica.

A magia da música ao vivo

Para muitos, a experiência de assistir a um filme com acompanhamento musical ao vivo proporciona uma nova compreensão e apreciação do que está sendo exibido. A artista visual Daiana Terra, que assistiu a “Psicose” pela segunda vez nesta modalidade, comentou: “Quando eu vejo o filme com a orquestra, a experiência amplifica. Às vezes eu fico perdida entre olhar para a tela ou para a orquestra.” Este formato de exibição permite ao público estar totalmente imerso na obra, algo difícil de replicar em casa com as distrações do dia a dia.

O maestro Alexey Ogalla, responsável pela orquestra, também destacou a complexidade e a beleza desta experiência. “Eu preciso olhar para a tela, porque lá existem informações que são pistas para saber a hora que vamos entrar. É um trabalho de sincronia muito complexo”, falou Ogalla, que reconheceu o impacto emocional que a música de Herrmann provoca na audiência.

Uma nova era para o cinema ao vivo

O sucesso do Cine Concerto em Bauru é um sinal positivo para iniciativas culturais e artísticas no Brasil. Após a experiência impactante de “Psicose”, o Sesc Bauru planeja trazer novos longas, tanto nacionais como internacionais, nesse formato inovador que une cinema e música.

Com um público tão variado, essa proposta de levar experiências cinematográficas enriquecidas pela música sinaliza um compromisso com a cultura e o entretenimento de qualidade. “Psicose” e sua famosa trilha sonora, muito mais que uma simples apresentação, se tornaram um evento memorável que ressoou nos corações dos espectadores presentes.

Com a combinação perfeita de som e imagem, o Cine Concerto se mostrou uma experiência que vai além do entretenimento, contribuindo para o enriquecimento cultural de Bauru e promovendo um reencontro de gerações através da arte.

*Colaborou sob supervisão de Mariana Bonora
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