Brasil, 19 de agosto de 2025
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Ministro da Saúde avalia participação em assembleias da ONU e Opas

Alexandre Padilha fala sobre os desafios para comparecer a eventos internacionais após cancelamento de vistos de sua família.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou nesta terça-feira (19) que ainda está decidindo se vai participar da conferência internacional da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), que ocorrerão em setembro, em Nova York. A dúvida sobre sua presença ganhou destaque especialmente após o governo dos Estados Unidos cancelar os vistos de entrada de sua esposa e filha, no último dia 15 de agosto. O visto do ministro não foi afetado, mas está vencido desde 2024.

“Eu não tenho uma decisão ainda se vou comparecer tanto à Assembleia Geral da ONU quanto à Assembleia Geral da Opas, por conta dos compromissos locais [no Brasil]”, afirmou Padilha, ressaltando que a dificuldade em se ausentar se deve à necessidade de sua presença nas votações do Congresso Nacional relacionadas ao programa Agora Tem Especialistas.

Durante um café da manhã com jornalistas, Padilha fez uma citação ao renomado escritor nordestino Ariano Suassuna: “Tem gente que acha que o mundo se divide em quem foi à Disney, e quem quer ir para Disney, ou quem não foi para Disney”, e, de forma irônica, acrescentou: “eu não tenho intenção nenhuma de ir para Disney”. A declaração reflete o tom descontraído que o ministro adotou ao abordar a situação.

Impactos no programa Mais Médicos

Em contexto relacionado, dois dias antes do cancelamento dos vistos da família, o Departamento de Estado dos Estados Unidos havia revogado os vistos de funcionários do governo brasileiro que atuam no programa Mais Médicos, que foi criado em 2013 durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff. Atualmente, sob a administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o programa foi renomeado para Mais Médicos para o Brasil.

“Eu sempre falei que isso não ia abalar em nada a nossa defesa do programa Mais Médicos e a ação do Ministério da Saúde em defender a saúde. Vamos continuar trabalhando pelo programa Mais Médicos”, reiterou Padilha, demonstrando compromisso com a política de saúde.

Esse programa visa levar médicos para regiões prioritárias, que são remotas e têm alto índice de vulnerabilidade, onde há uma escassez ou ausência de profissionais de saúde. A permanência do programa se revela uma prioridade para o governo, mesmo diante de desafios internacionais.

Acordos internacionais e acesso

Padilha também comentou sobre as possíveis participações nos eventos internacionais, destacando que, se decidir ir a Nova York, terá o respaldo de um acordo internacional que garante que a sede de escritórios de organismos da ONU deve permitir o acesso de autoridades convidadas. “Se eu tiver a decisão de ir, tem o acordo de sede. Para sediar um organismo da ONU, e a Opas faz parte do sistema ONU, tem que cumprir regras do acordo de sede. Uma delas é garantir o acesso das autoridades que estão convidadas e que participam das atividades”, afirmou o ministro.

Repercussão do cancelamento dos vistos

Sobre o cancelamento dos vistos de sua família, Padilha mencionou que a intenção da família era visitar parentes nos Estados Unidos, como seu irmão, uma sobrinha e a madrasta, todos cidadãos norte-americanos. O ministro classificou essa ação como um “ato covarde”, mas expressou otimismo afirmando que, apesar do que ocorreu, a família já superou a situação. “A gente vai se encontrar em outros lugares. Já superamos essa ação, esse ato de covardia. Vamos tocando a vida”, concluiu Padilha.

A situação envolvendo o ministro reflete um momento delicado nas relações entre Brasil e Estados Unidos, especialmente no contexto atual de cooperação em saúde pública e políticas de saúde. Com a aproximação das assembleias internacionais, a participação e a importância do diálogo entre as nações se torna ainda mais evidente.

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