O presidente francês Emmanuel Macron reagiu às declarações do ex-presidente Donald Trump, que afirmou que Vladimir Putin estaria disposto a negociar o fim da guerra na Ucrânia devido a uma conversa com ele. A declaração foi feita durante uma conversa interceptada por um microfone aberto na segunda-feira, gerando repercussões no cenário internacional.
Reação de Macron à declaração de Trump sobre Putin
Em entrevista ao programa da NBC conduzido por Kristen Welker, Macron afirmou que foi “ótimo” ouvir Trump demonstrar otimismo quanto à possibilidade de mediador na crise. “Seu presidente, de fato, está muito confiante na capacidade de fechar um acordo, o que é uma boa notícia para todos nós”, disse Macron.
No entanto, o líder francês expressou ceticismo sobre as intenções de Vladimir Putin, afirmando que, com base nos fatos e na situação atual, não acredita que o presidente russo esteja realmente disposto a encerrar o conflito iniciado há mais de três anos. “Quando olho para a situação, não vejo o presidente Putin realmente disposto à paz agora,” declarou Macron.
Pressão sobre a Rússia e perspectivas de paz
Macron ressaltou que será necessário aumentar a pressão sobre Moscou para que a paz seja alcançada, pois, na visão dele, enquanto Putin e seu governo acreditarem que podem obter melhores resultados por força, não haverá negociação genuína. “Acho que, em certo momento, provavelmente precisaremos intensificar a pressão sobre a Rússia,” afirmou.
Visões divergentes entre Trump e Macron
Por outro lado, Trump mantém uma postura otimista, afirmando que Putin deseja que o conflito termine, assim como ele. “Este senhor quer que isso acabe, e Vladimir Putin também quer,” declarou Trump, que falou ao lado do presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy na Casa Branca. “Acho que o mundo todo está cansado, e vamos conseguir terminar isso,” completou.
As declarações geraram debates entre analistas sobre o real grau de disposição de Putin para negociar o fim da guerra, além de evidenciar as diferenças de abordagem entre os líderes aliados e adversários na questão.
Repercussões internacionais e postura dos aliados
Após o encontro entre Trump e Putin, líderes europeus, incluindo Zelenskyy, visitaram Washington para reforçar o apoio a Kyiv e evitar que a pressão política leve o governo ucraniano a um acordo desfavorável, que favoreceria a Rússia. A preocupação maior é garantir que o conflito não seja resolvido por concessões que possam beneficiar Moscou, especialmente após a divulgação de documentos do encontro em Anchorage, Alasca.
O cenário demonstra a complexidade das negociações, com diferentes protagonistas demonstrando expectativas e receios sobre o caminho para uma solução duradoura na Ucrânia.
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