Nesta semana, Hillary Clinton afirmou que, se o presidente Donald Trump conseguir alcançar um acordo de paz credível com a Rússia, ela o indicaria ao Nobel da Paz. A declaração foi feita durante o podcast “Raging Moderates”, duas dias antes do encontro de Trump com Vladimir Putin na Anchorage, Alasca.
Clinton revela critérios para indicar Trump ao Nobel da Paz
Durante a entrevista, Clinton comentou que uma possível negociação de cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia, com Putin retirando suas tropas de territórios ocupados, poderia ser o motivo para uma indicação. Segundo ela, essa ação demonstraria “boa fé” e poderia colocar Trump na disputa pelo prêmio.
O papel do encontro na relação com Putin
Clinton destacou que o encontro no Alasca seria uma oportunidade para Trump deixar claro que “não há espaço para troca de territórios” e que Putin deve devolver as áreas ocupadas na Ucrânia. “Se Trump for o arquiteto disso, eu o indicaria para o Nobel, porque o objetivo aqui é não capitular perante Putin, com a ajuda dos EUA”, afirmou.
Trump e o desejo pelo Nobel da Paz
A própria Casa Branca já revelou que Trump está interessado na premiação. Segundo o jornal norueguês Dagens Naeringsliv, o presidente teria mencionado seu interesse pelo Nobel ao ministro das Finanças da Noruega.
Alguns países, incluindo Israel, já indicaram Trump ao prêmio, que é concedido por um comitê de cinco membros nomeados pelo parlamento norueguês. Clinton, entretanto, alertou que o verdadeiro objetivo de Putin é destruir os Estados Unidos e a aliança ocidental.
O risco de negociações com adversários
Clinton alertou que Trump deve enxergar Putin como um adversário e não como um aliado. “Ele não está negociando com um amigo, mas com alguém que deseja jogar contra ele. O melhor resultado dessa reunião, na minha visão, seria Trump entender que Putin não é alguém com quem se pode fazer acordos duradouros”, afirmou.
Perspectivas e desafios antes do encontro
Apesar do otimismo de Trump, não há evidências que indiquem disposição de Putin em fazer concessões significativas. O presidente russo declarou que acredita que “fará a paz”, mas analistas ressaltam que a situação na Ucrânia continua tensa.
Clinton reforçou a importância de os EUA manterem uma postura firme, lembrando que o objetivo de Putin é enfraquecer o Ocidente. Segundo ela, tanto a diplomacia quanto a força são essenciais para evitar a derrota da aliança ocidental.
Até o momento, o encontro no Alasca será uma oportunidade decisiva para esclarecer posições e potencialmente avançar na resolução do conflito. A questão do Nobel da Paz, entretanto, permanece como uma questão simbólica e política, dependendo de um progresso real nas negociações.