O presidente da França, Emmanuel Macron, manifestou sua opinião sobre as declarações do ex-presidente Donald Trump de que o líder russo, Vladimir Putin, estaria disposto a chegar a um acordo para encerrar a guerra na Ucrânia. A declaração foi feita durante uma conversa interceptada por um microfone aberto na última segunda-feira, enquanto Trump e Putin discutiam a situação.
Macron sobre a possibilidade de paz e as reservas com Putin
Em entrevista à NBC, Macron afirmou que foi “ótimo” ouvir Trump otimista quanto à sua capacidade de intermediar uma paz entre Moscou e Kiev. “Seu presidente, de fato, está muito confiante na sua capacidade de fechar um acordo, o que é uma boa notícia para todos nós”, declarou o mandatário francês.
Por outro lado, Macron demonstrou ceticismo sobre as intenções de Putin, afirmando que não acredita que ele esteja genuinamente disposto a encerrar o conflito. “Quando olho para a situação e os fatos, não vejo o presidente Putin realmente interessado em buscar a paz agora, mas talvez eu seja demasiado pessimista”, comentou.
Pressão sobre a Rússia e o cenário de negociações
Segundo Macron, é provável que seja necessário aumentar a pressão sobre a Rússia para que ela queira um armistício real. “Enquanto o presidente Putin e seu círculo acreditarem que podem vencer a guerra por força, eles não negociarão”, ressaltou o líder francês.
Posições divergentes de Trump e Macron
Enquanto Macron mantém uma postura mais cautelosa, Trump parece mais otimista quanto ao desfecho da guerra. “Esse senhor quer que tudo termine, e Vladimir Putin também deseja. Acho que o mundo todo está cansado disso, e vamos conseguir encerrar isso em breve”, afirmou Trump, ao lado do presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy no Salão Oval.
O movimento de Trump revela uma visão mais alinhada à esperança de uma solução rápida, apesar de a Rússia ainda não ter feito concessões concretas para a paz, o que aumenta a incerteza sobre o desfecho do conflito.
Reações internacionais e o reforço da unidade europeia
Após a reunião na Alasca, líderes europeus, incluindo Zelenskyy, estiveram em Washington para mostrar um bloco unido em apoio a Kiev e evitar que negociações desfavoráveis beneficiem Moscou. A postura conjunta busca fortalecer as pressões diplomáticas sobre Putin, enquanto o conflito persiste há mais de três anos.
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