Brasil, 19 de agosto de 2025
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Diretor da Eagle Football nega empréstimo e questiona controle do Botafogo

Uma carta de Christopher Mallon, da Eagle Football, contesta dívida de R$ 152 milhões e sugere mudanças na direção do Botafogo.

Em uma movimentação que pode alterar o futuro da gestão do Botafogo, Christopher Mallon, diretor independente da Eagle Football Holding, enviou uma carta ao presidente do Botafogo associativo, João Paulo Nabuco de Magalhães Lins, negando a existência de um empréstimo de R$ 152 milhões que a Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do clube está cobrando na Justiça. O documento, datado de 5 de agosto, também lança dúvidas sobre a atuação de John Textor, acionista majoritário da Eagle, em relação às “irregularidades financeiras” que teriam sido identificadas por autoridades francesas no Lyon, outro clube associado à Eagle.

A crise financeira e os embates internos

No cerne da questão, a SAF ajuizou uma ação cobrando uma dívida de R$ 152,5 milhões, referente a empréstimos assinados por Textor em 2024. O pedido inicial incluiu uma liminar que arrestou as ações da Eagle na SAF, garantindo que nenhuma mudança no controle do clube ocorresse enquanto o processo estivesse em andamento. Esse movimento é considerado uma estratégia de Textor para manter-se relevante nas negociações sobre a potencial recompra da SAF, prevenindo que a holding venda a estrutura do clube para terceiros caso ele perca o poder.

Uma fonte próxima ao processo indica que a cobrança de dívidas por parte da SAF pode pressionar a Eagle a estar disposta a negociar um acordo que permita a Textor permanecer no comando do Botafogo. Contudo, a situação parece se complicar com a carta de Mallon, que sugere uma nova assembleia para destituir Textor do controle e eleger um novo conselho de administração.

Complicações no Lyon e repercussões em outras partes do grupo

Na carta, Mallon menciona o estado do Lyon, onde a gestão atual, que não conta com a participação de Textor, se esforçou para manter o clube na elite do futebol francês. Ele destaca que Textor não contribuiu financeiramente em um momento crítico e que o sucesso no Lyon foi alcançado graças aos esforços de outros membros da diretoria.

A carta levanta a possibilidade de que as ações de Textor, tomadas sem a aprovação de Mallon, sejam consideradas inválidas, uma vez que ele alega que Textor perdeu a autoridade para representar a Eagle Bidco nas negociações. Mallon solicitou que a assembleia para discutir esta situação fosse realizada no dia 11, mas este encontro não ocorreu, o que sugere uma instabilidade crescente na gestão do clube.

Diretor independente exige colaboração para resolver crises

Com a proposta de estabelecer uma nova administração na SAF, Mallon expressou a necessidade de colaboração entre as partes para solucionar passivos ocultos e garantir a saúde financeira do Botafogo. “A Eagle Bidco está pronta para trabalhar com o clube a fim de descobrir quaisquer passivos ocultos, resolver necessidades de fluxo de caixa e assegurar os recursos necessários para a estabilidade e o sucesso esportivo”, conclui o diretor na carta.

Os desdobramentos dessa situação ainda são incertos, mas a perspectiva de mudanças significativas na gestão do Botafogo é alta. As próximas semanas serão cruciais para definir o futuro da holding e do clube, uma vez que conflitos internos e a pressão financeira criam um cenário de tensão em busca de resolução.

Com a situação atual, o Botafogo enfrenta uma encruzilhada que pode ditar os rumos futuros do clube e sua capacidade de suprir demandas financeiras e administrativas. O olhar permanece atento às movimentações nas transações e negociações que poderão impactar diretamente a trajetória do clube carioca.

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