No Distrito Federal, o ritmo acelerado do clima seco e a baixa umidade do ar exigem atenção especial quando se trata da saúde das crianças. Neste período crítico, os pequenos ficam mais vulneráveis à desidratação e a problemas alérgicos ou respiratórios. A professora da pós-graduação em Pediatria da Afya Educação Médica Brasília, Isabela Pires, alerta sobre a importância de ficar atento aos sinais de desidratação. “A criança pode dar sinais de desidratação antes de ficar frustrada e desanimada. Ela pode ficar extremamente irritada”, explica a especialista.
Como proteger as crianças da desidratação
Nos meses de seca, é essencial adaptar cuidados como hidratação, alimentação e umidificação dos ambientes. Profissionais de saúde e especialistas em pediatria recomendam que os pais e responsáveis tenham uma rotina de hidratação adequada para os pequenos. A água deve estar sempre disponível, e as crianças devem ser incentivadas a beber regularmente, mesmo que não manifestem sede.
A alimentação também deve ser leve e nutritiva, priorizando frutas e vegetais ricos em água. É fundamental que os responsáveis estejam atentos à umidificação dos ambientes, utilizando vaporizadores ou umidificadores, especialmente em áreas onde as crianças costumam passar mais tempo.
Vacinação como medida preventiva
De acordo com os especialistas e a Secretaria de Saúde do DF, a vacinação é uma das formas mais eficazes de proteção contra doenças respiratórias, que podem se agravar durante a estação seca. As vacinas da gripe (influenza) e contra pneumonias (antipneumocócica) estão disponíveis nas unidades básicas de saúde. Os pais devem verificar com as autoridades de saúde onde essas vacinas estão sendo aplicadas e garantir que suas crianças estejam em dia com a vacinação.
Identificando sintomas de adoecimento
Embora a prevenção seja a melhor abordagem, é inevitável que algumas crianças possam apresentar sintomas de doenças durante esse período. Caso a criança apresente febre, tosse, coriza ou diarreia, os especialistas recomendam que ela permaneça em casa. A pediatra Isabela Pires sugere manter uma alimentação leve, realizar limpeza nasal e oferecer antitérmicos, caso haja febre. É crucial que os responsáveis sigam as orientações médicas, especialmente se a criança tiver condições pré-existentes como asma, rinite ou bronquite, devendo manter a medicação contínua conforme orientação do médico.
Nos casos leves, a orientação é procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS). Se os sintomas forem mais graves, a criança deve ser encaminhada para avaliação por um especialista, garantindo um tratamento adequado e preciso para evitar complicações.
Guia de cuidados durante a seca para crianças
Com base na entrevista com a pediatra Isabela Pires, o g1 elaborou um guia de cuidados para que os pais e responsáveis possam proteger a saúde das crianças durante a seca. Entre as recomendações estão:
- Oferecer água regularmente, mesmo que a criança não apresente sede;
- Priorizar uma alimentação rica em frutas e vegetais;
- Umidificar os ambientes com vaporizadores ou umidificadores;
- Certificar-se de que as vacinas estejam em dia;
- Manter a rotina de medicação caso a criança tenha doenças respiratórias.
Com as condições climáticas do Distrito Federal se agravando, é fundamental que todos os moradores tenham em mente a importância de cuidar da saúde das crianças. Uma abordagem cuidadosa e informada pode fazer toda a diferença na proteção dos pequenos durante a seca. Para mais informações e orientações, os responsáveis são encorajados a consultar profissionais de saúde e fontes confiáveis.
Leia mais sobre a saúde infantil e as condições climáticas no site do g1 DF.