Na tarde desta terça-feira (19), o corpo do menino Enzo Gabriel Assis, de apenas 5 anos, foi enterrado no Cemitério Jardim da Saudade, em Mesquita, na Baixada Fluminense. O triste desfecho ocorreu após o garoto ser baleado na cabeça na última sexta-feira (15) durante uma tentativa de homicídio que vitimou também um homem de 27 anos. O Hospital Geral de Nova Iguaçu confirmou a morte cerebral na noite de segunda-feira (18), após a realização do protocolo de verificação que indicou a ausência de atividade cerebral.
O trágico ocorrido em Nova Iguaçu
Enzo estava na porta de casa, na Rua Gama, quando foi surpreendido por uma série de disparos. O ataque, que visava atingir um jovem de 27 anos, acabou resultando na fatalidade que chocou a comunidade e o Brasil. O homem alvo da ação foi atingido diversas vezes, mas conseguiu ser atendido, passar por exames e receber alta médica.
“O protocolo para verificação de morte encefálica foi iniciado no sábado (16). Exames foram realizados e confirmaram a tragédia ao final do dia 18”, explicou a nota do hospital, que garantiu apoio contínuo à família, fornecendo toda a assistência necessária neste momento tão doloroso. A madrinha de Enzo, Anna Carolina Mattos, expressou a dor da família e pediu justiça. “Só queremos justiça pelo que fizeram com o meu afilhado”, afirmou emocionada.
Investigações em andamento
O crime já foi registrado na 58ª DP (Posse) e está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF). As autoridades estão em diligências para esclarecer a autoria do crime e identificar o homem que desceu de um Fiat Mobi branco e disparou contra a vítima. A comunidade local está devastada, e há uma preocupação crescente com a segurança, especialmente em áreas onde a violência se torna cada vez mais comum.
Impacto e reflexões sobre a violência
O caso de Enzo Gabriel Assis levanta questões cruciais sobre a segurança nas comunidades e a exposição das crianças à violência. A tragédia evidencia como a impunidade em relação a crimes violentos tem consequências devastadoras, não apenas para as vítimas, mas para suas famílias e para toda a sociedade. Ao mesmo tempo, destaca a importância de se criar redes de apoio e solidariedade para aqueles que enfrentam perdas tão dolorosas.
Muitas vezes, os crimes que envolvem crianças são tratados como números em estatísticas, mas por trás de cada caso há uma família devastada e uma comunidade em luto. Enzo era o filho mais velho de seus pais, que também têm outro menino de apenas 2 anos. O impacto da perda de uma criança é algo inestimável e deve ser sempre lembrado ao discutir a violência e suas consequências.
A busca por justiça
A esperança de que o autor dos disparos seja encontrado é um desejo compartilhado por muitos. “Precisamos de justiça para que situações como essa não se repitam”, diz Anna, que clama por responsabilização e transparência nas investigações. A atenção da mídia e da sociedade civil tem um papel fundamental em garantir que casos como o de Enzo não sejam esquecidos e que as autoridades sejam pressionadas a agir.
Por fim, a história de Enzo Gabriel Assis é um lembrete doloroso de que a violência não é apenas um problema do presente, mas uma questão que, se não for enfrentada com seriedade, pode perpetuar um ciclo de dor e tragédia. O clamor da família por justiça é um eco que deve ressoar na sociedade como um todo, provocando reflexão sobre a necessidade urgente de mudança e proteção para nossas crianças.