Nos últimos anos, a arbitragem no futebol brasileiro tem sido protagonista de muitas polêmicas, mas uma nova tecnologia promete transformar essa realidade. O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Samir Xaud, confirmou que, em 2026, o Brasil implementará o sistema de impedimento semiautomático. Essa tecnologia já é utilizada em competições internacionais de destaque e tem o potencial de melhorar as decisões árbitrais e reduzir a frustração de torcedores e jogadores.
O que é o impedimento semiautomático
O sistema de impedimento semiautomático utiliza câmeras posicionadas estrategicamente nos estádios para monitorar o jogo de forma precisa. As câmeras registram imagens em até 100 quadros por segundo, o que é o dobro da taxa tradicional utilizada nas transmissões normais. Além disso, essa tecnologia captura dados sobre o movimento da bola e dos jogadores, fornecendo informações em tempo real para o VAR (Árbitro Assistente de Vídeo).
Como funcionará a nova tecnologia
A tecnologia é projetada para alertar automaticamente o VAR e o operador da tecnologia com base em até 10 mil pontos de dados coletados por jogador. Isso reduz drasticamente o tempo que os árbitros levam para verificar as posições dos jogadores em relação à linha de impedimento, um processo que antes era feito de forma manual e demandava bastante tempo. A expectativa é que a implementação dessa tecnologia ajude a diminuir as polêmicas em torno das decisões de impedimento, ao mesmo tempo em que garante que os lances sejam revisados de forma mais precisa.
Preparativos para a implementação
Embora a tecnologia esteja prevista para ser usada no Campeonato Brasileiro e na Copa do Brasil, o presidente da CBF não confirmou a data exata de início da sua utilização. Em entrevista ao podcast Toca e Passa, Xaud explicou que ainda são necessários mais estudos e capacitação dos árbitros antes de estabelecer um cronograma. “Estamos caminhando com o estudo para implementação do impedimento semiautomático a partir do ano que vem. A CBF não tem medido esforços de investimento”, afirmou o dirigente.
Além da capacitação dos árbitros, a CBF enfrentará o desafio de adaptar os estádios brasileiros com o equipamento necessário para a nova tecnologia. Serão necessárias pelo menos 12 câmeras em cada arena para garantir que os lances sejam revisados de todos os ângulos. Essa preparação também deve incluir a adequação das estruturas já existentes para a tecnologia ser implementada sem contratempos.
Impactos nos estádios e venda de mando de campo
Com a nova tecnologia, a prática da venda de mando de campo deve ser reavaliada. Os clubes precisarão optar por estádios que estejam equipados com a tecnologia de impedimento semiautomático, o que garantirá a manutenção do equilíbrio técnico nas competições. A CBF acredita que essa mudança não trará problemas significativos. “Todos os estádios de Série A que temos jogos hoje vão ser servidos de tecnologia para o impedimento”, afirmou Xaud.
Experiências internacionais com a tecnologia
O impedimento semiautomático já é uma realidade em competições internacionais, como o Mundial de Clubes, a Copa do Mundo e a Premier League. Essas experiências demonstraram que a nova tecnologia não só reduz o tempo de paralisações durante os jogos, mas também aumenta a precisão das decisões, beneficiando tanto atletas quanto torcedores ao minimizar as incertezas. Com a implementação no Brasil, espera-se que a experiência do público com o futebol se torne ainda mais agradável.
Os torcedores brasileiros aguardam ansiosamente por essa novidade, que promete trazer mais clareza às decisões de arbitragem e, consequentemente, maior justiça nos jogos. A expectativa é que, com investimentos e planejamento adequados, a CBF consiga implementar essa tecnologia de forma eficaz e beneficiará o futebol nacional em todos os níveis.