Brasil, 20 de agosto de 2025
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Brasil registra mais de 280 mil novos pescadores em 2025

Dados mostram que, neste ano, mais de 282 mil pescadores se cadastraram, elevando o total de cadastrados no RGP para mais de 2 milhões

Este ano, mais de 282 mil novos pescadores se cadastraram no Registro Geral da Atividade Pesqueira (RGP), obrigatório para pescadores profissionais no Brasil, tanto artesanais quanto industriais. Com isso, segundo o próprio cadastro, o total de pescadores cadastrados já ultrapassa 2 milhões (2.017.144). No Maranhão, há 687 mil cadastrados, enquanto o Pará registra 425 mil, indicando um crescimento em relação a 2022, quando o número foi de cerca de 800 mil, subindo para 1.035.478 em 2023.

Importância do cadastro e benefícios aos pescadores

O registro profissional oferece acesso a benefícios essenciais, como o seguro-defeso, que garante um salário-mínimo ao pescador artesanal durante o período de proibição da atividade para determinadas espécies. O benefício é pago por até cinco meses e visa proteger o trabalhador durante a inatividade.

Desafios na fiscalização e fraudes no cadastro

Segundo uma fonte do setor, há questionamentos quanto à confiabilidade do cadastro. “Como fazer um programa de ajuda aos pescadores se ninguém tem certeza se esse cadastro está correto ou se há fraudes?”, questiona. A Controladoria-Geral da União (CGU), por sua vez, investiga possíveis irregularidades e irregularidades na regularidade do registro geral. Recentemente, o governo alterou as regras do seguro-defeso para combater fraudes, incluindo a exigência de homologação do RGP pelas prefeituras antes do pagamento do benefício.

O Ministério da Pesca esclarece que estar cadastrado não garante automaticamente o recebimento do seguro-defeso. “O registro é necessário para que o INSS disponibilize o auxílio, que exige cruzamento de dados com outras bases governamentais para verificar a elegibilidade”, informa nota oficial. O INSS, porta de entrada do benefício, não respondeu oficialmente quantos pescadores atualmente recebem o auxílio.

Medidas contra fraudes e mudanças na legislação

Em junho, a CGU apontou possíveis fraudes no sistema, o que levou o governo a publicar um decreto que altera as regras do seguro-defeso, previsto na Medida Provisória (MP) 1.303. A mudança mais significativa é que o pagamento do benefício só ocorrerá após a homologação do RGP pelas prefeituras, uma tentativa de evitar fraudes e irregularidades.

Durante audiência na Câmara, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reforçou a necessidade das mudanças. “As alterações foram discutidas com outras pastas do governo para combater fraudes identificadas, especialmente na emissão indiscriminada de registros”, afirmou. Discutem-se também críticas à obrigatoriedade da nova Carteira de Identidade Nacional para pescadores, considerada um possível entrave burocrático.

Perspectivas e controvérsias

Haddad destacou ainda que as mudanças no benefício visam equilibrar as contas públicas em 2026, com limites de gastos estipulados pelo novo arcabouço fiscal. Ele afirmou que o esforço é essencial para a sustentabilidade do sistema e para garantir recursos ao setor pesqueiro, embora reconheça a complexidade do processo de fiscalização, que ainda enfrenta questionamentos por parte de setores políticos e sociais.

De acordo com a Confederação Brasileira dos Trabalhadores da Pesca e Aquicultura, houve registro de 187.824 novos pescadores em julho de 2023, embora a entidade negue qualquer irregularidade, reforçando o esforço do setor para ampliar sua formalização e acesso a benefícios.

Para mais detalhes, acesse a fonte original.

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