Brasil, 18 de agosto de 2025
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Trump usa a palavra “retificação” para revisar exibições do Smithsonian

Com ordem presidencial, museus do Smithsonian passarão por revisão para alinhar conteúdo à visão de Trump de história americana

O governo de Donald Trump anunciou uma revisão abrangente das exposições do Smithsonian, visando eliminar narrativas consideradas partidárias e promover um conceito de história mais alinhado à sua interpretação do americano excepcionalismo. Essa iniciativa faz parte da ordem executiva intitulada “Restaurando a verdade e a sanidade à história americana”.

Revisão dos museus do Smithsonian e o conceito de “retificação”

Por meio de uma carta aberta, o Departamento de Estado comunicou que uma equipe realizará uma análise minuciosa de várias exposições e materiais culturais. Segundo o documento, o objetivo é assegurar que os conteúdos reflitam a visão do presidente, promovendo orgulho nacional e removendo elementos considerados divisórios ou partidários.

O vice-chefe de gabinete, Stephen Miller, declarou em suas redes sociais que o Smithsonian tem se afastado de seu papel de símbolo da força e do prestígio dos Estados Unidos. “Ao invés de celebrar a história e a grandeza do país, o museu tem sido dominado por ativistas de esquerda que distorcem ou apagam nossa narrativa”, afirmou Miller. Para ele, a administração Trump busca “restaurar a glória patriótica” e inspirar o amor pelo país entre os jovens.

Reações e comparações polêmicas

Nos ambientes online, a ação do governo tem sido alvo de críticas e comparações. Muitos usuários associaram a revisão à política de “depuração” de obras de arte promovida pelo regime nazista na década de 1930, quando Hitler retirou aproximadamente 20 mil obras de arte sob alegação de que eram degeneradas, conforme relatado pelo Museu Memorial do Holocausto.

Em um trecho compartilhado no Twitter, alguns internautas alertaram que a iniciativa de Trump representa uma tentativa de reescrever a história a favor de uma narrativa patriótica e excluindo vozes dissidentes. Outros ponderam que o movimento aumenta a polarização e ameaça o papel de instituições culturais neutras na preservação do passado.

Críticas internas e externas à revisão

Especialistas e opositores têm criticado a ação do governo, argumentando que ela pode comprometer a integridade e a credibilidade do Museu Smithsonian. Segundo dirigentes de instituições culturais, a revisão pode limitar a pluralidade de perspectivas e diminuir a transparência acadêmica.

De acordo com alguns analistas, a tentativa de alinhamento político de museus públicos reflete uma tendência mais ampla de instrumentalizar a história para fins ideológicos.

Perspectivas futuras e o impacto cultural

O Smithsonian ainda não revelou detalhes definitivos sobre o cronograma ou as mudanças específicas que pretende implementar. Pesquisadores e defensores do patrimônio cultural alertam que a iniciativa, se mal conduzida, pode prejudicar a compreensão histórica do público e abrir precedentes perigosos para a manipulação de museus nacionais.

Por ora, a controvérsia permanece. A discussão sobre a autonomia das instituições culturais e o papel da história na formação da identidade nacional promete continuar nos próximos meses.

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