Recentemente, a Casa Branca anunciou uma revisão abrangente em museus do Smithsonian, com o objetivo de garantir que as exposições reflitam a interpretação de Donald Trump sobre a história dos Estados Unidos. A medida faz parte da ordem executiva intitulada “Restaurar a Verdade e a Sanidade à História Americana”.
Revisão de exposições e narrativa nacionalista
Por meio de uma carta aberta ao Smithsonian, os órgãos federais informaram que irão conduzir uma análise detalhada de certos museus e materiais expositivos. A iniciativa visa eliminar narrativas consideradas divisivas ou partidárias, reforçando um conceito de “excepcionalismo” americano, conceito defendido pelo governo.
De acordo com a carta, a intenção é “alinha-los com o posicionamento do presidente, celebrando a grandeza dos Estados Unidos e promovendo a confiança em nossas instituições culturais”.
Críticas e comparações controversas
Nas redes sociais, a atuação da administração Trump tem provocado reações duras. Uma das mais comentadas foi a comparação de alguns internautas entre o projeto de revisão e ações do regime nazista na década de 1930, quando Hitler ordenou a retirada de cerca de 20.000 obras de arte de museus e coleções privadas para alinhar a cultura alemã aos objetivos do regime, de acordo com o Museu Memorial do Holocausto.
Em uma postagem do vice-chefe de gabinete, Stephen Miller, afirmou que o Smithsonian hoje é “um símbolo global da força, cultura e prestígio dos EUA” e que, em sua avaliação, “o museu está tomado por ativistas de esquerda que têm usado a instituição para reescrever e apagar a história”.
Reações diversas e opiniões contrárias
As opiniões online sobre a auditoria do governo ao Smithsonian variam amplamente. Enquanto alguns apoiam a iniciativa como forma de promover um patriotismo mais explícito, outros a veem como uma tentativa de manipular a narrativa histórica e de reescrever a história de forma parcial.
Especialistas e representantes das próprias instituições questionam os critérios da revisão e alertam para o risco de uma abordagem que possa limitar a diversidade de perspectivas e a liberdade acadêmica.
O que dizem os especialistas
Segundo analistas, ações desse tipo podem comprometer a credibilidade das instituições culturais e ameaçar o entendimento pluralista da história estadunidense. “A história deve ser contada de forma verdadeira e múltipla, não apenas de acordo com uma visão oficial”, comenta a historiadora Laura Oliveira.
Perspectivas futuras
O governo anunciou que os projetos de revisão deverão ser detalhados em uma medida provisória, aguardada para os próximos meses. Ainda não há uma data exata para a implementação das mudanças nas exposições, mas o impacto promete ser duradouro na forma como os EUA representam sua história nos museus nacionais.
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