O presidente Donald Trump anunciou nesta quarta-feira (22) os cinco homenageados do Kennedy Center Honors de 2023, entre eles nomes como o cantor country George Strait, o ator Sylvester Stallone, a cantora Gloria Gaynor, a banda de rock Kiss e o ator-siclista Michael Crawford. A cerimônia marca uma mudança na postura de Trump em relação ao prestigioso evento cultural, que ele agora comandará oficialmente como presidente do centro.
Nomes controversos e o processo de seleção
Trump afirmou que teve participação de cerca de 98% na escolha dos homenageados, excluindo nomes considerados “muito woke” ou “demasiado liberais”. Os nomes geraram reações mistas, com críticos questionando a inclusão de artistas com posições mais conservadoras ou com carreiras vinculadas ao mundo do entretenimento tradicional.
Tradicionalmente, uma comissão bipartidária escolhia os homenageados, que variavam de figuras consagradas a nível internacional, como Tom Hanks, Aretha Franklin e Stephen Sondheim. No entanto, durante o governo Trump, o próprio presidente assumiu papel central na definição das indicações, além de remodelar a diretoria do Kennedy Center com aliados políticos.
Reformas e modificações na Kennedy Center
Renovação estrutural e a ampliação do prestígio
Trump prometeu realizar uma revitalização completa do centro, que incluirá reformas na infraestrutura e elevados níveis de luxo, glamour e entretenimento. Ele também anunciou planos de tornar o Kennedy Center uma “joia da cultura americana”, com destaque às celebrações do 250º aniversário dos Estados Unidos, em 2026.
Em uma postagem no Truth Social na última terça-feira, Trump sugeriu que o nome oficial do centro, atualmente John F. Kennedy Center for the Performing Arts, será alterado, e que a instituição voltará a seu antigo esplendor. “Será uma grande recuperação, o Kennedy Center terá o reconhecimento que merece”, afirmou o ex-presidente.
Atitudes polêmicas e o papel de Trump no evento
Desde que retornou ao cargo, Trump vem além de nomear-se presidente do centro, também trocando toda a diretoria e ameaçando influenciar decisões artísticas e de programação, chegando a prometer acabar com eventos que tenham artistas performando em drag ou com opiniões contrárias às suas.
Em 2017, após uma artista como Cher criticar seu governo, Trump e sua esposa, Melania, optaram por não participar da cerimônia do Kennedy Center. Agora, com sua participação direta no evento, o clima de controvérsia aumenta entre artistas e instituições culturais.
Reações e perspectivas
Críticos denunciam a tentativa de Trump de transformar o Kennedy Center em uma plataforma de apoio a aliados políticos e de promover uma visão mais conservadora do cenário cultural. Artistas renomados, como Lin-Manuel Miranda e Sally Field, já manifestaram desconforto com a interferência política no evento.
Por outro lado, Trump afirmou que os escolhidos representam “pessoas incríveis” e que a cerimônia será um momento de grande celebração artística. A expectativa é de que a edição deste ano, marcada por uma administração mais assertiva, reflita uma nova fase do centro cultural mais alinhada com os seus interesses políticos.
O Kennedy Center Honors deste ano promete ser um evento de forte impacto político e cultural, com uma nova cara sob a gestão de Trump. A cerimônia acontecerá no final do ano, consolidando seu papel na cena artística dos Estados Unidos.