Brasil, 18 de agosto de 2025
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Supporter de Trump compartilha arrependimentos após ser detido por fronteira

Homem californiano, que votou em Trump, afirma sentir-se culpado e racismo na abordagem de agentes de imigração

Jason Brian Gavidia, um cidadão americano da Califórnia, revelou em entrevista nesta segunda-feira que se arrepende de ter votado em Donald Trump na última eleição. Ele afirmou que foi vítima de profiling racial durante uma abordagem de agentes de fronteira em junho, o que o deixou traumatizado.

Detenção e trauma de um eleitor de Trump na fronteira

Gavidia contou que, enquanto caminhava próximo a um depósito de automóveis em Los Angeles, foi abordado por agentes de fronteira que, segundo ele, o trataram de forma extremamente desrespeitosa e racista. “Eu sou americano, cara”, afirmou em trecho de vídeo divulgado. “Toda vez que vejo isso na vídeo, é como uma memória ruim na minha cabeça.”

De acordo com a denúncia, os agentes de fronteira o ameaçaram, o pressionaram fisicamente e chegaram a confiscar seu telefone, enquanto o questionavam sobre sua origem e sua identidade. Gavidia relata que, ao tentar mostrar seus documentos, foi puxado pelos braços e ameaçado por uma escalada de agressividade.

Arrependimento e críticas a Trump e sua administração

Ele afirmou que se sente culpado pelo voto em Trump, acreditando que suas promessas e discurso de campanha foram baseados em mentiras. “Eu realmente acho que fui alvo por causa da minha cor. Senti que fui racializado, que fui atacado porque estava andando com a cor da minha pele”, declarou. Gavidia questiona: “Onde está a liberdade? Onde está a justiça? Vivemos na América.”

O caso faz parte de uma ação coletiva liderada pela ACLU na Califórnia, que denuncia a prática de profiling racial durante operações de imigração realizadas pelos agentes da administração Trump. Uma liminar recente proibiu detenções indiscriminadas em sete condados da Califórnia, mas a administração federal recorreu ao Supremo Tribunal para suspender essa determinação.

Vídeo e controvérsia sobre a abordagem policial

Um vídeo divulgado pelo Los Angeles Times mostra agentes encapuzados empurrando Gavidia contra uma cerca de metal em uma via de reboque, enquanto uma pergunta agressiva é feita: “Em que hospital você nasceu?” Gavidia responde com hesitação, oferecendo mostrar seus documentos ao ser questionado. De acordo com o processo, os agentes também teriam tentado forçar sua assinatura em um documento, fato que ele nega ter acontecido.

O Departamento de Segurança Interna tentou justificar a ação, com declarações contraditórias emitidas por Tricia McLaughlin, secretária assistente de Segurança Interna, inicialmente afirmando que Gavidia havia sido preso por agressão, posteriormente alegando apenas questionamento, antes de afirmar que ele teria sido detido por agressão a agentes.

Repercussões e impacto emocional

Gavidia afirmou ainda que, após a experiência, passou a questionar suas próprias escolhas políticas, sentindo-se vítima de uma política que, segundo ele, favorece a violência racial. “Se fosse para isso acontecer, vocês acham que votaríamos? Somos humanos. Não vamos destruir nossa comunidade, nossos povos”, declarou.

O episódio evidencia os conflitos internos de apoiadores de Trump diante das ações duras de imigração, além de levantar debates sobre racismo institucional e direitos civis nos Estados Unidos. Ainda não há uma posição oficial definitiva sobre o caso por parte do governo ou das autoridades federais.

Acompanhe as atualizações e análises sobre os impactos dessas práticas na sociedade americana e na luta por justiça racial nos Estados Unidos.

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