A Soho House, rede de clubes privados frequentada por celebridades como Lady Gaga e Meghan Markle, fechará seu capital após aceitar um acordo de US$ 2,7 bilhões liderado pelo bilionário Ron Burkle, presidente da Yucaipa Cos., e o investidor Ashton Kutcher. A operação encerra uma fase turbulenta após a abertura de capital em 2021, quando as ações atingiram pico de US$ 14, mas depois enfrentaram quedas equestionamentos sobre o modelo de expansão.
Revisão do retorno aos acionistas e injeção de capital
Segundo informações divulgadas nesta segunda-feira, os acionistas receberão US$ 9 por ação, um prêmio de 83% sobre o último fechamento antes do anúncio da proposta de compra. Nesse processo, Ashton Kutcher, que se tornou investidor em tecnologia, integrará o conselho da companhia. A operação inclui injeção de novo capital por um consórcio liderado por Kutcher, além de manter Ron Burkle e a Yucaipa como controle majoritário.
Histórico e expansão da Soho House
Fundada em 1995 pelo empresário Nick Jones, a Soho House nasceu como um clube exclusivo em Londres, voltado para profissionais da indústria criativa. Desde então, expandiu-se globalmente, com unidades em Nova York, Bangkok, Roma e São Paulo, onde inaugurou sua primeira sede na América do Sul em 2024. O clube oferece instalações luxuosas, incluindo quartos, academia, spa, piscina com bar e eventos exclusivos para os membros, cujo valor de associação na unidade paulista era de R$ 8.150, além de uma taxa de inscrição de R$ 3,8 mil.
A venda foi motivada pelos resultados decepcionantes após o IPO e pela diminuição da exclusividade do clube, com as ações da empresa tendo desempenho fraco desde 2021. A expectativa de forte crescimento foi afetada por questionamentos sobre a qualidade do serviço e a rápida expansão.
Perspectivas e impacto do fechamento de capital
Especialistas avaliam que a decisão de fechar o capital pode representar uma estratégia para recuperar a exclusividade e estabilizar o crescimento. As ações da Soho House subiram até 16%, chegando a US$ 8,88 nesta segunda-feira, refletindo o otimismo do mercado com a transação. A operação conta com apoio de fundos ligados à Apollo Global Management, que contribuirão com mais de US$ 700 milhões.
A resposta do mercado foi positiva, com a valorização das ações, embora a proposta tenha sido criticada por investidores como o fundo Third Point, liderado por Dan Loeb, que considerou o processo de compra pouco transparente. A expectativa é de que a nova fase da Soho House traga maior foco na qualidade e na exclusividade, reforçando sua posição no mercado de luxo mundial.
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